quarta-feira, junho 02, 2021

Na vastidão do tempo

 
Paulo Heliodoro


Na vastidão do tempo percorro as margens

cintilam estrelas no  rio 

os peixes sabem a hora do desassossego

tão perto e tão longe dos teus olhos

o luar resguarda o barco.

Não te atreves a desviar o olhar

do infinito, que te cerceia as marés

as tuas mãos vazias puxam as redes.

Ontem era o tempo de enchentes

hoje o rio afunda-se na maré vaza

tudo tão estranho, tão vago.

No barco agora encalhado

o voo rasante dos pássaros.


Texto 
Ailime
02.06.2021


20 comentários:

  1. Imagem fotográfica linda e poética também. Amo esta temática que traz o barco e as marés. bjs

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  2. Poesia maravilhosa e tão bem inspirada. Foto muito linda! beijos, tudo de bom,chica

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  3. Lindo momento poético 👏👏👏

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  4. Olá, amiga Ailime.
    Belo momento poético!

    Um diambular pela pela natureza, onde o mar se estende, na sua imensidão e beleza.

    Gostei muito!

    Beijinhos, e feliz quinta feira!

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  5. Um bonito poema e uma imagem inquietante.

    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

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  6. Hoje o rio afunda-se na maré vaza
    tudo tão estranho, tão vago.

    Bom dia santo, querida amiga Ailime!
    Tão poético e belo, minha boa amiga!
    Os barcos nos dão uma sensação de vida. Navegar é preciso, encalhados geram muita reflexão como as que poetizou aqui com tanta beleza.
    Tenha um dia abençoado junto aos seus queridos!
    Beijinhos carinhosos e fraternos
    ⛵😘

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  7. E avida também oscila entre enchentes e vazantes...
    Excelente poema, gostei muito.
    Continuação de boa semana, amiga Ailime.
    Beijo.

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  8. Foto linda. Poema divino. Sublime conjugação poética.
    .
    Poéticos cumprimentos.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  9. Bonito poema
    Acabados os cinco dias de tratamento intenso, e um pouco melhor dos olhos, estou voltando ainda com restrições.
    Abraço e saúde

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  10. Os pássaros conjugam todas as marés
    Belo

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  11. Belíssimas palavras!

    Hoje estamos assim esse barco encalhado. Quando nos restauraremos e faremos de novo ao mar?

    Bom fim-de-semana, amiga Ailime!
    Beijinhos.

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  12. Gostei do poema. A passagem da vida, as enchentes e marés vazias. Assim são as mudanças, a vida é uma constante mudança. Há que aceitar isso e ser-se capaz de refletir e aceitar o que não podemos mudar, mas atuar naquilo que acreditamos poder. Beijinhos do filho desta poetisa de olhos azuis lindos 😘 Sérgio

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  13. Tudo tão estranho. Tudo tão vago. Mas um poeta nunca desvia os olhos do infinito. E por isso a poesia é um acto de fé na vida... Belíssimo poema, minha querida Ailime.
    Continua a cuidar-te bem.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  14. O tempo, e sua complexidade. Mas os poetas, conseguem dar ao tempo outra amplitude, com a beleza das suas palavras.

    Belo poema!

    Boa semana, amiga Ailime.

    Beijinhos!

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  15. Poetizou com toda força da alma em lindos versos. Com ternura e vigores renovados, olhemos para frente com vivas perspectivas. Que o estranho e o melancólico/vago sejam avivados resultando novos sabores...
    Beijinhos

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  16. Ontem e hoje. Tudo diferente.
    O que ontem era, hoje já não é.
    É assim o tempo, deixa-nos quase
    de mãos vazias.
    Belo poema, Ailime.
    Gostei muito.
    Beijo
    Olinda

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  17. Como o tempo muda as coisas, não é, amiga? E como os sentimentos que vivenciamos, ao longo do tempo, nos inspiram tão belos poemas! Meu abraço, boa semana.

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  18. Vai-se o tempo, e as marés... só as memórias permanecem...
    Maravilhoso este poético e reflexivo fluir... que a serenidade do poema nos transmite... em forma de resignação, sobre as várias etapas da vida...
    Muito belo, Ailime! Beijinhos
    Ana

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.