Há um rio que me percorre as entranhas
Nas margens azuis dos sonhos
Esquecidos nas proas dos barcos
Atracados em cais abandonados.
Há um rio que me crava no peito
A dor da saudade,
Como labareda que arde e fere.
Há um rio que me afaga a alma,
Me abraça no tempo e desperta.
Há um rio impregnado de luz
Que sempre me orgulha e espanta!
Há um rio banhado de nuvens
Que invoco e abrigo no coração.