Os pássaros voam rasantes
Rompendo as marés
No silêncio desnudo
Das águas revoltas.
As asas desfazem-se
Como sonhos irreais
Dependurados nas naus
Ancoradas nas falésias.
No ocaso, o sol mergulha
Em penas marejadas de sal
Soltando lampejos de espanto
Na solidão estéril da praia.
Ailime
28.05.2014
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