A primavera é feita de coisas, que não precisam de nomes.
Tonalidades diversas a perder de vista...
Pássaros a gorjear voejando em redor do ninho;
a cria espia a migalha que a mãe lhe coloca no bico.
Uma orquestra toca, suavemente, a melodia
da paz e da esperança e os insetos cirandam
à volta do néctar, que sugam com sofreguidão.
Lá longe a casa continua deserta, sombria,
cercada por muros de primaveras remotas.
Já não a reconheço, a primavera é feita de coisas
que guardo entre as minhas mãos.
Texto e foto
Emília Simões
10.05.205
Emília Simões
10.05.205