O meu caminho é uma nuvem
Que transporta um rio azul
Que me fala da lonjura do tempo
E do oásis onde um
dia bebi da fonte
O verdadeiro sentido das margens
Não importa que as trevas envolvam
As asas do meu viver
E que transitoriamente
A cegueira me estremeça na voz
A precariedade dos voos
Das sombras e da solidão dos mares
Evado-me na vela de um barco
(e o vento assola-me incessante)
O meu caminho tem um farol
Que sobrevoa as escarpas
22.01.2015