domingo, março 25, 2012

O tempo que passa

 
O tempo que passa, passa e

Como uma brisa leve transporta-me

A outros mundos, a outros sonhos.

Neste ocaso que me enlaça

Tento libertar-me das amarras

Que me prendem e limitam

Deixando-me envolver nas maresias

E ventos suaves das manhãs,

Onde em rodopios pacíficos

Rumarei à liberdade de ser.


Ailime
Agosto/2011
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terça-feira, março 20, 2012

Exulto a Primavera


Exulto a Primavera

No meu canto

Ornado de violetas,

Que dedico aos poetas

Que arquitectam sonhos

Dependurados

Em castelos,

Cativos de memórias

Consistentes.

E alegro-me

Com os campos em flor

E as searas ao vento

Na madrugada de ti.
 
Ailime
Março/2011

domingo, março 11, 2012

Horizonte

Transponho montanhas
De colinas azuis e verdes 
 E descubro sóis inatingíveis.

 O meu olhar perturba-se
E obriga-me a mergulhar
Num mutismo sem limites
Que me asfixia e impele
Para além dos contornos
Indecifráveis
De horizontes longínquos.

Uma aragem desconexa
Arrebata-me e confunde-me
Neste devaneio de mim.


 Ailime
11.03.2012
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domingo, março 04, 2012

Sentada à beira do lago

Sentada à beira do lago
Onde os nenúfares abundam,
Deixo que o aroma silvestre
Me invada e purifique.
Ao longe um pássaro ferido
Solta um pio doído e
Desperta-me do sonho
Em que me deixei envolver.
Uma brisa suave e fresca
Envolve-me bruscamente,
Insinuando que o astro-rei
Há muito se fez ocaso.

Ailime
(2010)
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04.03.2012