A poesia é livre e escorre
como um rio que, pela encosta abaixo,
vai serpenteando montes e vales
até chegar à foz.
Mas, como o rio,
também a poesia
encontra obstáculos,
silêncios, incertezas,
e tantas vezes
fica presa na garganta.
O poeta sente-se então incapaz
de desbravar a secura das palavras,
que teimam em ficar coladas
no palato do silêncio.
Uma rajada de vento
revolve a natureza.
O poeta estremece;
as palavras soltam-se.
como um rio que, pela encosta abaixo,
vai serpenteando montes e vales
até chegar à foz.
Mas, como o rio,
também a poesia
encontra obstáculos,
silêncios, incertezas,
e tantas vezes
fica presa na garganta.
O poeta sente-se então incapaz
de desbravar a secura das palavras,
que teimam em ficar coladas
no palato do silêncio.
Uma rajada de vento
revolve a natureza.
O poeta estremece;
as palavras soltam-se.
Texto e foto
Emília Simões
08.02.2025
Emília Simões
08.02.2025
Uma linda metáfora, a poesia como um rio, o poema o seu criador e condutor, da nascente à foz. Sim, a falta de inspiração ou talvez o excesso de caos no mundo em que vivemos, por vezes, apresentam-se como obstáculos no percurso desse rio. O vento que estremece a natureza e que liberta o poeta é a sua verdade interna: está sempre lá, só precisamos de ouvi-la, ensurdecer o ruído à nossa volta, e deixar a pena escrever a nossa verdade. Lindo e inspirado poema!! Muitos beijos e boa semana!!
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Emília!
ResponderEliminarA metáfora do rio como poesia é perfeita... ela flui.. mesmo com obstáculos
Os poetas estremecem, mas não desistem de se banhar nas águas poéticas libertadoras.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
A poesia é o calor do corpo.
ResponderEliminarUm abraço.
Que linda poesia que encontra você, te encanta e faz cantar em versos a emoção! Você me encanta! Beijinhos! Adorei!
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