Na minha quietude
procuro refúgio entre sombras e flores,
sob o sol que arde fortemente
incendiando-me o olhar e o pensamento.
O meu corpo, lento, arrasta-se
como asa ferida, de ave em sobressalto.
A travessia é difícil; a sede seca-me os lábios.
As palavras emudecidas
não localizam o caminho até à fonte.
O suor molha-me o rosto, todo o corpo.
O silêncio incita-me a resistir
e a abraçar o verão.
Texto e foto
@Emília Simões
21.06.2025
Querida amiga Emília, avrace seu verão como eu abraço o outono que se foi oficialmente, mas permanece azul e lindo por aqui.
ResponderEliminarQue a aridez seja só no clima!
Tenha uma nova Estação abençoada com lindas inspirações!
Beijinhos fraternos
Profundo e lindo poema.
ResponderEliminarVamos sim, abraçar o verão que hoje começou.
Beijinhos
Boa tarde querida amiga Emília
ResponderEliminarUm poema que traduz com beleza a intensidade do verão e o desafio da travessia interior. Entre sombras e flores, a sede e o silêncio, sentimos o peso do calor e a leveza da resistência.
Uma escrita sensível que nos convida a abraçar, com coragem, a estação e a vida.
Gostei muito.
Desejo um bom fim-de-semana com saúde e Poesia.
Deixo um beijo
:)