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A casa parece-me tão longe...
Partiste e deixaste-a vazia.
As andorinhas ainda fazem o ninho no beirado
e as rosas do quintal ainda lá estão perfumadas.
O meu silêncio fala-me de ti
e da casa cheia, com os risos das crianças,
e das festas que improvisavam só
para te ver sorrir.
Tudo está diferente e até o tempo
anda caótico, em alternâncias constantes,
num Planeta já tão pouco azul.
Os peixes do rio também
já não são os mesmos. A poluição matou-os.
Agora já nem lhes sei os nomes.
Quero apenas recordar o tempo
do nosso tempo, tão claro, tão transparente,
com o sol nascente e poente
a incendiar-nos os dias.
@Emília Simões
17.05.2025
This piece beautifully captures the bittersweet feeling of distance and change, holding onto memories that once filled a home with warmth. The contrast between past joy and present loss is both poignant and honest. Thank you for sharing this thoughtful reflection. I just shared a new travel post. I am excited for you to read it. Thank you. Happy weekend.
ResponderEliminarOlá, querida amiga Emília!
ResponderEliminarSeu poema me traz uma paisagem similar a quem tenho em frente de onde estou a lhe escrever.
Minha varanda ensolarada no Outono bonito de céu azul, sem calor, me mostra exatamente que estou só aqui, recordo do tempo onde eu era acompanhada noutra varanda... tudo acabou...
Eu sorria espontaneamente, era feliz.
Agora, tenho outra varanda, com algumas flores e os pássaros já não vêm mais como outrora. Mas tenho poesia da mesma forma, nuances de verde, amarelo me restaura mente e coração pouco a pouco...
Poema vivo você escreveu e me transportou à minha realidade aqui em busca de momentos lindos como é seu poema.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos fraternos de paz
As casas queridas vão ficando looooooonge, quando as pessoas nelas não mais moram, se foram! Lindo poema! beijos, chica
ResponderEliminarUm lindo tributo às memórias da infância e a quem nos amou e cuidou. E ao lugar especial que essas memórias ocupam no nosso ser. A partida de quem nos amou é dolorosa, porém temos de aceitar a passagem do tempo e que todos passamos desta para outra dimensão ou vida ou existência. E que durante esta nossa jornada, nada é constante - com tudo temos de viver. Viver aceitando. E adaptando-nos, encontrando propósito e prestando atenção ao próximo. Muitos beijinhos
ResponderEliminarFica a memória.
ResponderEliminarUm abraço.
Lendo seu canto melancólico, viajo nas lembranças e minha pequena cidade de ruas de pedras onde machucavam meus pés, mas sinto saudades delas. A casa amarela, o jardim, as arvores com seus passarinhos. As lembranças povoam e viram poesia amiga.
ResponderEliminarBelo canto neste canto.
Bjs e paz.
Uy que lindo y melancólico poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarBoa noite Emília,
ResponderEliminarBelo e melancólico poema, que muito gostei.
Deixo os votos de uma feliz semana, com tudo de bom
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Tudo muda com a ausência de quem gostamos.
ResponderEliminarO poema é magnífico, gostei imenso.
Boa semana querida amiga Emília.
Beijos.
Memórias que só o coração sabe guardar. Por isso resvalamos para elas sempre que podemos, e entendemos que quando um amor acaba tudo fica mais longe ou desaparece para sempre. Tão belo!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Parabéns pela sua escrita.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Maravilhoso poema!
ResponderEliminarÉ difícil aceitar que tudo muda, que tudo fica diferente.
Contundente e é assim comigo também! Fica tudo tão minúsculo o que já tinha sido tão grandioso! Amei! Fique bem!
ResponderEliminarMuito belo, Emília! Nele convivem a felicidade, as lembranças... e a saudade de um tempo em que os dias eram cheios de esperança e amor! Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarMuitas vezes, amiga, acalento a esperança de ver voltar esse tempo... mas, confesso, nem sei até onde essa esperança se confunde com as minhas lembranças. Lindo poema! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarÉ assim é , o tempo afasta- nos da infância e das memórias da casa tão cheias de histórias que o tempo leva mas as afasta com as saudades .
ResponderEliminarLindo poema , Ailime, onde a nostalgia nos obriga a olhar para o longe como se esperássemos ainda o que nos falta
Um beijinho
Mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Este poema é uma elegia doce e pungente à ausência, à memória e à passagem do tempo. As imagens evocadas ,as andorinhas, as rosas, o rio , funcionam como símbolos de permanência e de perda, contrastando o que ainda resta com o que já partiu. A casa, outrora plena de vida, ecoa agora de silêncios e saudade. A autora consegue, com grande delicadeza, transformar o quotidiano em poesia, revelando a dor da mudança, mas também a beleza das lembranças. É um texto que nos toca profundamente, como quem abre uma janela sobre um passado luminoso que ainda vive dentro de nós.
ResponderEliminarMuito bonito.
Deixo um beijo
:)