sábado, dezembro 12, 2015

Poesia de Graça Pires


Hoje, que não escuto o mar
fujo na crina de um potro livre,
sem jugo, em veloz cavalgada.
Tenho nos olhos um incêndio tangível
à luz que se quebra no galope
ágil e sonoro da fuga.
Irrompe sobre mim o perfil dos montes
que me diz a que distância deixei o mar.
Um odor de poeira impede-me de gritar.
Doeu-me a voz quando bradei,
sem fôlego, o verso de neruda:
quero inventar o mar de cada dia.

In: Uma claridade que cega
Graça Pires

8 comentários:

  1. Boa noite
    Que Bonito poema!!

    Beijo de boa noite.
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Lindo poema da Graça!
    A cada dia um novo desafio, que bom saber que "o Pão de cada dia é garantido"...
    Um abração neste domingo...

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  3. Obrigada, minha amiga pela divulgação.
    Um beijo.

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  4. Um tocante poema dessa amiga que ainda não conheço.
    Bjs Ailime e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  5. Bela escolha, Ailime! O poema é muito bom e a imagem o expressa às mil maravilhas! Obrigado, boa semana.

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  6. Linda poesia da Graça Pires, Ailime e como é lindo um cavalo cavalgando junto ao mar! Abraço carinhoso!

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.