Tão fresca era a terra
que te acolhia nas madrugadas,
sob as oliveiras já corcundas
que te iluminavam o rosto
no suor dos dias passados,
o futuro das colheitas incertas.
Tão longínquo e breve foi o tempo
em que me davas as mãos e sorrias
mostrando-me a lua e as estrelas
e as flores do caminho orvalhadas
a sorrirem por entre uma nesga de sol.
Tão longínquo e breve foi o tempo
dos musgos e das candeias acesas
sobre as paredes caiadas como neve
a faiscarem relâmpagos na noite.
Tão breve mas tão próximo o tempo
em que a lareira a crepitar
era o refúgio nos invernos glaciais
enquanto o vento assobiava lá fora
chispas de silêncios encapotados.
Texto
Ailime
Foto Google
30.12.2015
Sempre bom viajar nos seus apeadeiros
ResponderEliminarBj
Um poema com enigmas profundos! Li e reli...
ResponderEliminarUma lareira que me deixou a refletir!
Um novo ano vem aí para novos Cantos, Ailime... Mais e mais belas inspirações p você...
Abraço meu
Olá, querida amiga Ailime
ResponderEliminarUm poema que mostra, nitidamente, como está o amor do amado: silencioso e 'encapotado'... só silencioso já é frio demais...
Bjm natalino
Lindo lindo!!
ResponderEliminarFeliz ano de 2016, que todas as suas realizações se concretizem.
beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Belo, nostálgico e intimista, Ailime. Belo post! Feliz Ano Novo, minha amiga; bom resto de semana.
ResponderEliminarAh, o tempo, caríssima!
ResponderEliminarOkhe estou a ultimar um poema chamado Nu Tempo, de umas setenta páginas e... o tempo que tenho passado de roda do texto!
Vinha expressamente para desejar a si as seus, um Excente Ano de 2016.
Beijinhos!
O tempo. O tempo que passamos a sulcar alegrias, com as mãos propícias a todas alegrias, a todas as mágoas. Com o coração disposto a todas as lembranças, a todas emoções...
ResponderEliminarUm excelente poema, minha Amiga, Ailime. Que 2016 seja muito, muito bom.
Um beijo.
~~~
ResponderEliminarTempo
de sentir a luz e o calor
duma lareira crepitante de outrora,
de deixar voar o pensamento,
recordando breves tempos melhores...
Como fugaz é a vida...
Como efémera é a felicidade!
~~ Belo e tocante poema! ~~
~~ Parabéns pelo talento. ~~
~~~~~ Abraço, Ailime.~~~~~
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Amiga...este tempo chuvoso...o calor da lareira e o poema com sabor a inverno...criou um belo momento!
ResponderEliminarBj amigo
Bom resto de semana, Ailime. Aguardo o próximo post!
ResponderEliminarMuito belo o poema, sobre a brevidade do tempo
ResponderEliminarna cadência das estações, o frio e humidade exteriores e o calor interior de uma lareira que aquece o corpo e alma.
Sempre grande poesia por aqui, Ailime!
xx