Sentada na escarpa observa o mar
que, num doce vaivém, beija as areias da praia.
Forte neblina envolve todo o cenário
duma estranha tarde de verão.
Os barcos já há muito que partiram
deixando os rastos no horizonte.
Iam cheios de ilusões e esperanças,
mas o mar anda sufocado
por detritos incontroláveis,
que estonteiam a vida marinha.
Regressarão mais cedo,
vazios os sonhos dos pescadores
que desesperam.
Olha em seu redor.
A praia está deserta.
Chove, no mar das ilusões
e as gaivotas partem em debandada.
Texto e foto
Emília Simões
29.06.2024
Emília Simões
29.06.2024
Bela expressão poética parabéns!Abraço.
ResponderEliminarMARAVILHOSA tua inspiração,Ailime! Neblina no mar, nos remete mais a pesnar, ver e rever nossas vidas!Adorei! beijos, chica
ResponderEliminarUm poema critico aos desmandos do mar e tudo que vive em seu entorno degradado. A esperança despedaçada dos pescadores, o banho nas aguas infectadas pela burrice humana. Uma saudade dos banhos de verão ronda o poema numa bela arte da poesia.
ResponderEliminarMuito bonito Ailime.
Bom domingo de feliz semana amiga.
Bjs
El mar es bello como peligroso. Puede ser un gran amigo y enemigo. Pero debemos cuidarlo. Te mando un beso.
ResponderEliminarBom domingo de Paz, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarUm poema deslumbrante onde a poeta se desmancha de amores pelo mar a ponto de sentir as ilusões esperanças que lhe invadem o coração.
Algumas figuras demobstran a tristeza ou mesmo decepção: "mar das ilusões"...
Que sensibilidade minha amiga tem!
Tenha um junho abençoado!
Beijinhos
Olá Ailime
ResponderEliminarO mar, sempre grande inspirador dos poetas.
Ora imponente, e majestoso, ora perigoso e traiçoeiro. Mas sempre, sempre, inspirador. Gostei muito.
Deixo os meus de uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Um poema que é ao mesmo tempo denúncia e protesto. Não respeitamos o mar e isso vai sair-nos caro. Palavras cheias de sensibilidade, minha querida Amiga.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
O mar das ilusões acaba por fazer parte das nossa vidas. E em muitos casos esse mar é imenso...
ResponderEliminarUm poema sublime, gostei muito.
Boa semana minha amiga Emília.
Beijo.
O mar das ilusões. Antes de comentar o poema, começo por dizer que a foto está esplêndida! É a ilusão humana de sempre querer sempre mais, de controlar tudo, alterando equilíbrios no processo, que nos levou a saber mais, mas também auto-destruir. Vivemos separados da natureza e tentamos controlá-la para nosso benefício, sem pensar nos danos que lhe causamos. Quando vivemos em oposição à natureza, contra os ciclos que a regulam, a natureza responde. Não respeitamos, com humildade, que só estamos cá um punhado de anos. E que depois de nós, outros se seguirão. E que toda a fama e poder, bens materiais que acumulamos à custa da natureza e outros não serão nossos. Não nos compram tempo. Nem propósito. Nem felicidade. Quando seremos simples, justos, bons uns com os outros, sem precisar de mais, satisfeitos com o que a natureza nos pode dar, conscientes que somos afinal parte dela? Talvez então o mar de ilusões se transforme num mar de agradecimento, de plenitude, porque querendo menos, temos mais, aspirando menos, temos mais, dando mais, recebemos mais também. Beijinhos
ResponderEliminarBelo, amiga! É espantoso como a tua poesia transita entre a tristeza e a esperança, a dureza da realidade e o lirismo dos sonhos! Muito belo, com certeza. Meu abraço, Emília; boa semana.
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