Sentada na escarpa
vagueio o olhar pelo horizonte
que perscruta o entardecer,
de uma tarde de outono.
Recordo-me da varanda
de onde ao acordar
vislumbrava o amanhecer.
Os dias tão longos,
hoje tão curtos.
A alma imperturbável
recolhe nos recônditos da memória
as cores, que hoje tão distantes,
estão aprisionadas
no pensamento.
Quando a noite murmurar
o frio e a geada do inverno,
a primavera florescerá
nas pontas dos meus dedos.
Texto
Ailime
10.12.2023
Imagem Google
Ailime
10.12.2023
Imagem Google
Boa noite de domingo, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarQue bonito! Que lindo poema!
Sentei-me na escarpa com a poetisa...
"A alma imperturbável
recolhe nos recônditos da memória".
Meu ser também fica imperturbável ante tanta beleza da natureza.
Que ela só lhe dê inspiração cada vez mais em alta!
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno
Eram mesmo tão linfgos os dias, hoje TUDO parece voar! Linda demais tua poesia! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarE a memória sempre a interpelar-nos. Poema muito interessante.
ResponderEliminarUm abraço.
Chega um tempo em que vivemos mais de memórias do que do dia a dia.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Mais um bonito poema que vim cá conhcer.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Quero ver a primavera a florescer na ponta dos teus dedos. Que belo poema minha Amiga Ailime. A tua expressão poética é cada vez melhor.
ResponderEliminarTudo de bom.
Só volto para o ano.
Desejo-te um Natal cheio de Amor e um ano de 2024 com saúde e paz.
Um beijo.
Excelente poema, parabéns pela inspiração.
ResponderEliminarBoa semana.
Beijinhos.
Num mundo distraído e caótico, a poetisa observa por cima, de forma imperturbável, o que é imutável: a cadência do tempo, das estações, das pessoas. E, numa tarde de Outono, guarda na memória as cores vivas dos dias longos. Vivemos um Inverno descontente porque muitos se esquecem de subir a essa escarpa e vislumbrar o horizonte. Não vêem mais longe, só o imediato. Vivemos num tempo sem memória, o que passou foi esquecido na pressa do engrandecimento e retribuição imediatos. Talvez um dia todos consigamos subir à escarpa e entender o que andamos a fazer. Talvez um dia possamos parar e agradecer. A vida não é só o imediato. É também tudo o que fomos e fizemos (o horizonte) e acima de tudo, os que nos ajudaram a fazer. Mas esquecemo-nos disso. A primavera florescerá nas pontas dos nossos dedos quando subirmos a essa escarpa e finalmente percebermos o que nos dá sentido: a escarpa é feita de amor e agradecimento. Beijinhos
ResponderEliminarO pensamento é o nosso melhor aliado quando se trata
ResponderEliminarde recordar momentos felizes.
Na escarpa a vista se alonga, e o horizonte transmite
aquilo que mais se deseja...
Boa semana, Ailime.
Beijinhos
Olinda
Muito lindo, Ailime! Abençoados aqueles cujas lembranças fazem florescer a primavera, nas pontas dos seus dedos! Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarOlá, querida Ailime, adoro recordar coisas boas, saudades não, é diferente, é querer voltar... e eu quero seguir, está ótimo assim, essas andanças.
ResponderEliminarPoema de enorme beleza e sensibilidade, gostei imenso!
Uma ótima semana, amiga!
Beijinho
Amei o seu poema transbordante de lembranças inesquecíveis. Recordar é viver, então, vivamos intensamente os momentos que valem a pena "repintá-los", agora com novas cores. Aplausos 👏...
ResponderEliminarBeijinhos
A nossa memória nunca esquece. Sejam bons, ou maus momentos.
ResponderEliminarExcelente poema, amiga Ailime. Gostei muito.
Votos de um feliz fim de semana.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Gostei de reler este magnífico poema.
ResponderEliminarBoa semana e Festas Felizes.
Um beijo.
Que bom quando a memória ainda nos é fiel e nos trás recordações, sejam boas ou más.. são vivências que nos fizeram crescer . Lindo!!! Beijinho
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