sábado, novembro 11, 2023

No clarear das manhãs


No clarear das manhãs

a terra cheira a musgo

e a  pedras escorregadias

pelas intempéries 

que agitam as árvores

em aguaceiros intermitentes,

deixando sobre o chão

folhas irreconhecíveis,

que vou recolhendo em silêncio.

No vórtice do tempo

aves atravessam as nuvens

resguardando-se de tempestades  

numa nesga de luz,

antes que o vento as resgate. 


Texto
Ailime
11.11.2023
Imagem Google



18 comentários:

  1. Contemplar a natureza, atenua a solidão... ou talvez não.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  2. Que lindo poetizar!
    Um doce abracinho, Ailime!
    Gratidão!
    👄😍👄Megy Maia

    ResponderEliminar
  3. Com a luz do clarear das manhãs, mais ainda podemos ver as belezas que nos cercam! Lindo,Ailime! beijos, chica

    ResponderEliminar
  4. Olá Ailime, estes momentos com a natureza são importantíssimos. De vez em quando é muito bom parar e sentir o que está à nossa volta. Gostei imenso de ler, um bom fim de semana para si 🤗

    ResponderEliminar
  5. Boa noite de sábado, querida amiga Ailime!
    Tanto a recolher no silêncio do coração que vemos pelo caminho cotidiano e pela vida agora.
    Lindo poetizar!
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com carinho fraterno

    ResponderEliminar
  6. Beleza em cada verso e, realmente, no clarear das manhãs há realidades que só compreendemos bem se formos sensíveis e flexíveis à Luz que a tudo ilumina. Aleluia!
    O meu abraço apertado neste sábado...

    ResponderEliminar
  7. Lindo, Ailime, aprendemos com a Natureza até o final...
    Uns aprendem, outros infelizmente não.
    Aplaudo você, amiga!
    Beijinho, um feliz domingo.

    ResponderEliminar
  8. Um belo olhar outonal acompanhado de boa poesia... 👏🥰

    ResponderEliminar
  9. Sérgio11/12/2023

    Lindo poema, talvez uma metáfora aos correntes tempos políticos. Vislumbramos essas aves raras escondidas entre as nuvens, mas só de vez em quando… aguaceiros tornam tudo mais escorregadio… recolhemos essas folhas que caem… talvez desiludidos, aprendemos o que esse manto de nuvens outonal tapava… assim são as estações, assim são os homens. O Outono traiu o Verão. O que se seguirá? Beijinhos 😘

    ResponderEliminar
  10. Manhãs de outono. Manhãs que os poetas gostam de cantar. As folhas em tons de mel misturam-se com o azul do céu que existe em nosso olhar. Belíssimo poema, minha Amiga Ailime.
    Tudo de bom.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  11. No outono o chão pode estar mesmo escorregadio...
    Magnífico poema, gostei de ler.
    Uma boa semana.
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  12. Belo poema, amiga... e que bela metáfora sobre a Vida! Adorei. Meu abraço, boa semana.

    ResponderEliminar
  13. Olá Ailime,
    A natureza é maravilhosa. E nos inspira para belos poemas como este. Gosto muito.
    Votos de uma feliz semana!
    Beijinhos.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

    ResponderEliminar
  14. Um sensivel e belo poema de Outono.
    Estrofes belissímas.
    A foto de suporte é excelente.
    Gostei muito Ailime.
    Boa semana com saúde e muita inspiração.
    Um beijo
    ;)

    ResponderEliminar
  15. A natureza é uma excelente musa para os bons poetas. Este poema é prova disso.
    Abraço e saúde

    ResponderEliminar
  16. Gostei de reler este magnífico poema.
    Um beijo e boa semana.

    ResponderEliminar
  17. Adoro folhas de Outono e as do plátano são as minhas favoritas.
    Mais um lindo poema.
    Beijinhos

    ResponderEliminar

«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.