No silêncio da tarde
as nuvens passam apressadas.
O dia escurece.
Um aguaceiro forte
e uma rajada de vento
fustigam as janelas
e os pobres andrajosos,
que à mingua, na rua,
estendem as mãos vazias,
erguem ao céu, os olhos molhados,
e nada veem, nada sentem.
Apenas a escassez os alumia.
Sacudo os salpicos de chuva
e ofereço-lhes uma flor,
uma simples flor
que, curvada, também chora
as iniquidades da vida.
Texto e foto
Ailime
28.10.2023
Boa tarde de sábado, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarUm poema que retrata a realidade nossa com tanta tristeza que nos envolve e toma conta do nosso coração.
Até as rosas se curvam ante à infelicidade do mundo de um modo em geral.
Gostei muito da sua sensibilidade linda e compassiva.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Tocante e muito lindo o teu poema,Ailime!Adorei! Ótimo fds! beijos praianos, chica
ResponderEliminarMuito atual. Gostei muito de ler
ResponderEliminar*
Regressei ao blogue. Feliz fim de semana.
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Ilusões e Poesia
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As iniquidades da vida. Cada vez mais evidentes, num mundo de cegos, onde só se olha para o próprio umbigo. Enquanto não nos virmos como parte de um todo, a precisarmos e a querermos ajudar o outro, assim continuará a ser. Há que continuar a dizer isto, lindo poema. Não fechar as nossas portas, abri-las! Não olhar para o lado, agir! Muitos beijos!
ResponderEliminarPoema deslumbrante que muito gostei de ler
ResponderEliminar.
Feliz domingo. Saudações cordiais.
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Poema: “ Depois … saindo de mão dadas “
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Um poema que retrata a realidade, crua e dura.
ResponderEliminarMuito emotivo.
Foto em sintonia.
Bom domingo.
Um beijo
:)
Sensibilidade, emoção, sabedoria e encantos presentes nessa linda poesia!
ResponderEliminarAbraços fraternos!
Dura realidade... retratada com uma imensa sensibilidade poética, tanto nas palavras, quanto na imagem! Finalmente passando por aqui, Ailime... depois de uma longa ausência... mas estando cada vez mais mergulhada na fase de cuidar de quem já cuidou de nós... lentamente vamos deixando de dispor como gostaríamos do nosso próprio tempo...
ResponderEliminarAssim sendo, hoje que tive mais disponibilidade, vou espreitar o que mais recentemente, se me tem andado a escapar neste poético cantinho!
Estimo que tudo esteja bem, aí desse lado, Ailime, consigo e com os seus! Noutro dia, conto passar noutro dos seus cantinhos, para ir deixando a "escrita mais em dia", em termos de comentários... :-))
Um beijinho grande! Votos de um bom final de domingo e uma óptima semana!
Ana
Quanta sensibilidade neste poema a retratar os dias que passam tão inquietantes e tristes. Gostei imenso, minha querida Amiga.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
O mau tempo, o frio e a chuva ainda é pior para os pobres.
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Um beijo e boa semana.
Mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Que belíssimo poema, querida Ailime, total realidade,
ResponderEliminarsofrida, triste. Mas escrita com muita sensibilidade, e a rosa
deu um toque maravilhoso no poema.
Uma linda semana, muita paz, saúde e mais, muito mais
poemas belíssimos como este.
Beijinho.
Olá, amiga Ailime, gostei imenso
ResponderEliminardesse delicado e sensível poema,
que me deu a sensação de sentir no rosto
uma lufada desse vento e salpicos de água.
Uma ótima semana, amiga.
Beijo.
Fiquei sem palavras, Ailime. É impressionante como os teus poemas tocam as fibras de minha alma, amiga! Meu abraço, bom resto de semana.
ResponderEliminarSeus poemas trazem questões sociais com uma sensibilidade que só com olhar de poeta se pode alcançar com beleza. bjs
ResponderEliminarOlá Ailime,
ResponderEliminarBelo e sensível poema, que nos mostra o quanto é injusta a nossa sociedade.
Gostei muito.
Votos de um feliz fim de semana!
Beijinhos.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
É tamanha a escassez ... não só de bens como de sentimentos, nesta sociedade cada dia mais pobre de tudo... o poema está lindo e só uma pessoa com muita sensibilidade escreve assim. Muitos parabéns e um beijinho
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