sábado, junho 23, 2018

Ainda há dias era natal



Ainda há dias era natal
e o frio tolhia-me os movimentos,
calava-me a voz, que um grito libertou.
O teu olhar, pai, quedou-se nesse instante
em que já não me enxergavas
e eu não queria entender
que a tua vida se extinguia,
que o teu torpor era real.
Era natal, pai,
e tanto que ainda me dói
a evasão do teu olhar
onde o rio ....havia brilhado de tanto azul.
O tempo parou nesse instante
e aprisionou-me os sentidos, a minha vida.
Nunca mais vou poder ver, pai,
o rio a sorrir-te nos olhos.


Texto e foto
Ailime
19.06.2018




10 comentários:

  1. Emocionante, profundo, tocante e lindo,Ailime! beijos, chica

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  2. Boa tarde!
    Amei! Não tarde está ai outra vez!



    Especial ... Recordações dum amor profundo. [ Poetizando e Encantando.]

    Beijos e um bom fim de semana.

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  3. Também hoje senti o mesmo ao recordar o meu!
    bj

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  4. Olá, querida amiga Ailime!
    Com a entendo em tudo... até neste mesmo sentir pelo pai amado.. somos muito parecidas...
    Vamos tornar a vê-los no céu e os abraçaremos com imensa saudade.
    Seja muito feliz e abençoada junto aos amados!
    Lindo poema o seu!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  5. Tão dolorido amiga. E tanta saudade. Um dia (eu acredito) a gente há-de encontrar aqueles que amou, no céu ou numa qualquer outra dimensão.
    Abraço

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  6. Tão comovente, minha querida Amiga! Tão sentido, tão belo!
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  7. Saudade... sentimento que inspira os mais lindo poemas! Belo e nostálgico post, Ailime! Boa semana,minha amiga.

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  8. Comovida é que muito fiquei! Pungente isso querida! Parabéns! Beijos!

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  9. Que belo poema! Transbordante de sentimentos puros e íntimos!! 👏
    O meu carinho nesta esperançosa manhã... 🏠👒🕊💚

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  10. Tocou meu coração profundamente. A lembrança boa do pai faz o rio fluir nas veias dos filhos órfãos. O amor não finda querida Ailime. Lembrei do meu querido pai que também se foi.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.