Tela de José Malhoa |
A porta azul entreabriu-se a soluçar
E da janela já não irrompe a luz
Que anunciava o nascer da aurora.
O relógio continua embutido
Na parede de cal branca
Com os ponteiros estáticos
Gélidos como o orvalho da madrugada.
Lá em baixo os lírios murcharam
E os muros esboçam o tempo
Em gestos rasgados de musgos.
No celeiro apenas sombras
Ecoam gritos de silêncios
Esmorecidos no eco dos escombros.
Lá fora os pássaros
Continuam em bandos
A sobrevoar o rio.
21.11.2013
Ailime
reposição
O que te dizer? Lindo,lindo demais! Adorei! bjs, tudo de bom,chica
ResponderEliminarAmei!!! Quanta sensibilidade .quanta beleza neste poema.Bjs.Boa semana
ResponderEliminarTempos idos... Os pássaros voam e o rio continua o seu percurso, ensinando-nos que a vida não para... Com ELE, ela é eterna!!
ResponderEliminarBonitas palavras!
Beijos
A casa abandonada ressente-se da ausência... Os pássaros, alheios à tristeza sobrevoam as curvas desencantadas do rio... Muito belo.
ResponderEliminarUm beijo, Amiga.