sábado, novembro 22, 2025

Quando caminho


Quando caminho e sinto o vazio

do mundo nas folhas que o vento dispersa,

paro a contemplar a luz que brota

das flores, ainda sem nome.


Existo sem pressa no mundo hostil,

onde a virtude é palavra vã;

no meu silêncio acolho o murmúrio

dos voos rasantes das aves feridas.


Nas sombras do crepúsculo

vislumbro utopias ainda por desvendar;

debruçada sobre as brisas,

ouço o rugido distante do mar.


Texto e foto
Emília Simões
22.11.2025

 



13 comentários:

  1. Linda poesia,Ailime e tua inspiração sempre a crescer! beijos, ótimo domingo, chica

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  2. Não está fácil viver... não!
    Um abraço.

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  3. Bello y melancólico poema. Te mando un beso

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  4. Bom domingo de paz, querida amiga Emília!
    Que poema cheio de sentido poético e sensibilidade!
    Flores ainda sem nome...perfeita emoção da poeta que cria...
    Todo o cenário por voce criado é belo.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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  5. E a gente vai levando esta coisa, pois movidos pela esperança de dias mais leves, mais primaveris. Ainda ouço o vento e ouço o mar a vida está repleta de belas emoções. LIndo canto com toda angustia.
    Bjs amiga

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  6. Olá amiga Emília.
    Mais um belíssimo poema de grande inspiração.
    A vida tem toda esta magia, este sentir, estas emoções.

    Gostei bastante, estimada amiga.

    Votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  7. Tantas verdades (tristes) descritas neste poema, que pincela de forma muito realista o quadro em que o mundo se tornou. Ficou-me na memória imediata a palavra virtude ser vã. Assim é, não interessa ser bom, os espertos é que são bons. Passa-se por cima de outros e de muita coisa, mas não interessa, porque o que se quer é chegar ao topo, sempre acima de outros. E assim é, numa continua espiral de loucura e egoísmo. Vemos estas coisas em silêncio, mas se calhar era melhor falar sobre elas em abundância, expor tudo os que vemos de injusto e atuar à nossa escala - vizinhos, amigos, colegas, familia. Nao podemos esperar só que melhores dias virão se não usarmos a nossa voz e ações para que assim seja! Beijinhos

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  8. No teu silêncio acolhes o murmúrio dos voos rasantes das aves feridas.
    Fico a pensar como é belo o teu poema. Cheio de sensibilidade e emoção. Que leio e releio para captar o teu pensamento poético.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  9. Vale a pena caminhar quando daí nasce um poema que sai da alma.
    Parabéns, o seu poema é excelente. Adorei lê-lo.
    Boa semana querida amiga.
    Um beijo.

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  10. Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  11. Bela caminhada, Emília, apesar da sutil tristeza que retratas no teu belo poema! Meu abraço, amiga; boa semana.

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  12. Admiro, minha amiga, a forma como captas a essência da poesia e das nossas emoções. Que lindo, esse teu poema! Boa semana, meu abraço.

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  13. Boa tarde Emília
    Este poema conduz-nos por uma viagem interior onde a delicadeza da contemplação contrasta com a hostilidade do mundo.
    A escrita revela uma sensibilidade rara: cada imagem das flores sem nome ao voo das aves feridas, expande o silêncio como espaço de resistência.
    Há uma serenidade melancólica que se desdobra até ao mar distante, lembrando que mesmo nas sombras o olhar poético persiste em procurar utopias.
    Um texto que convida à pausa e à escuta das pequenas revelações do quotidiano.
    Muito Belo.
    Boa semana com Saúde e Poesia.
    Deixo um beijo
    :)

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.