sábado, janeiro 13, 2024

Hoje a chuva molha a calçada


Hoje a chuva molha a calçada
e as pedras brilham como cristais
na densa tarde de inverno.
As árvores, nuas, parecem chorar
as folhas que, coladas ao chão,
parecem adormecidas.
Há raízes profundas que as unem
e não é a falta de luz que as 
mantêm vigorosas na sua nudez.
A seiva continua a circular
no interior dos seus troncos.
Por um lapso de tempo
sobrevivem à noite que as cinge.
A primavera não tardará
e como milagre
no silêncio de uma manhã amena,
despertarão reluzentes
em ramos iluminados,
como um brilho impresso no tempo.


Texto e foto
Emília Simões
13.01.2024




19 comentários:

  1. Um suave poema à natureza... nem sempre reparamos nela.
    Um abraço.

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  2. Lindo poema e num dia a chuva, noutro o sol tudo inunda...
    Beleza!
    beijos,chica

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  3. Bom domingo de Paz, querida amiga Ailime!
    Bonito entrever a primavera por entre chuvas e outono rigoroso.
    Muito belo e suave o cenário poetado.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijonhos.com carinho

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  4. A chuva molha a calçada e inunda os nossos corações de
    paz, esperando pela Primavera que fará renovação de tudo
    o que a Natureza nos oferece.
    Belo poema, Ailime.
    Beijo
    Olinda

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  5. Tão bonito! Maravilhosa, a sensação de continuidade e serenidade que o poema nos transmite! O seu crescente talento poético, Ailime, é que merece cada ver mais estar impresso...
    Deixo um beijinho, e votos de um muito feliz 2024... já com algum atraso... só agora, recuperando aos poucos de uma gripe que me deitou bastante abaixo em Dezembro.. e me retirou ainda mais tempo, do que o habitual para andar pela Net... escapou-se aqui a minha mãe, felizmente... até porque os serviços de saúde, andam terríveis, por todo o lado...
    Tudo de bom para o Novo Ano! Beijinhos
    Ana

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  6. Sérgio1/14/2024

    Poema divinal. Tal como as árvores, todos passamos por noites gélidas e enfrentamos os nossos infernos. Com a seiva a correr dentro de nós. Tocar nesses infernos e questiná-los, leva-nos a concluir que não são mais que estados da vida, tal como ela é. Nunca constante, como as estações. Então percebemos que não são infernos. São estados da vida. Então saímos desses “pseudo-infernos”, e entramos no paraíso- que é pairar sobre tudo o que acontece à nossa volta, e observar sem que a seiva que circula nas nossas veias pare. Sem nos perturbarmos. Porque o paraíso está sempre ao virar da esquina, é só preciso chamá-lo. Como essa luz impressa no tempo. Está lá sempre.
    Muitos beijinhos (pensa lá no livro, ias deixar muita gente feliz e surpreender-te a ti mesma)

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  7. Podemos ver a chuva e as árvores como que chorando sobre as pedras e sobre a terra. E sabemos que a primavera nos dará o milagre de tudo renascer. Um poema muito belo, minha Amiga Ailime.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  8. Há que saber esperar pela primavera. Até lá, teremos que saber viver com o que temos e sabemos.
    Excelente poema, gostei imenso.
    Boa semana querida amiga Emília.
    Beijinhos.

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  9. A Natureza... e um hino á mesma neste lindo poema.
    A Primavera já se está a fazer sentir nos campos verdes salpicados de pontinhos amarelos, são as "azedas" que teima em chegar mais cedo fazendo as minhas delícias e de quem gosta de fotografar. .apesar de ainda não ter fotografado nenhum campo este ano já os vi pela janela do meu carro...
    Um lindo poema.
    Um grande beijinho Emília.

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  10. Mais um bonito poema.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  11. Uma inspiração suave e encantadora!
    Abraços!

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  12. Ailime
    Um belo poema.
    O inverno e a chuva pode inspirar a Poeta que assim escreveu com palavras suaves e belas um excelente poema.
    A foto está em completa sintonia.
    Gostei muito.
    Uma boa semana com saúde e harmonia é que desejo.
    Deixo um beijo
    :)

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  13. Bela escolha, Ailime! O poema nos passa, ao mesmo tempo, sensações de nostalgia invernal... e esperança de primavera Gostei muito! Meu abraço, amiga; boa semana.

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  14. Ailime, que belo poema e a foto está linda!
    Belo momento poético que nos presenteia.
    Gratidão e um abençoado 2024.

    Beijinhos, paz e luz.

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  15. Bello poema, que es oda al invierno, oda al bosque que quejumbroso afronta el invierno. Árboles erguidos que esperan la primavera.

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  16. Ailime,
    Versos que iluminam a
    nossa mente como um luzeiro
    de palavras.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  17. Que maravilhosos seus versos acompanhando o antevir da primavera que habilita o renascimento de tudo, saindo do profundo torpor. Vida nova, revigoramento! Ailime, que admirável poema! Beijos!

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  18. Olá Ailime, lindo e sensível poema, que muito gostei.
    Deixo os meus votos de um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.