sábado, agosto 26, 2023

Nas asas do vento

 


Nas asas do vento descansava

das provações da vida.

O seu coração ficava leve, leve

como pássaros a esvoaçar

em redor da sua cintura.


Decidira não mais se penalizar

por todos os absurdos com que se cruzara.

Era um caminho árduo, silencioso

que lhe ardia sob os pés cansados,

onde não queria voltar.


Como um inseto saltitava 

sobre as flores secas  e sem cheiro

e redimia-se num casulo de silêncio

numa escarpa junto ao mar.


(Vou estar em pausa por algum tempo).
)..
Reedição
Ailime
2022
Imagem Google

14 comentários:

  1. Profundidade e beleza juntas! Boas férias, até a volta! beijos praianos,chica

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  2. Bom final de sábado, querida amiga Ailime!
    "Redimia-se num casulo de silêncio
    numa escarpa junto ao mar."
    Como me identifiquei com seu poema... perfeito refúgio na decisão da poetisa protagonista, certeira escolha.
    O silêncio é excelente companhia.
    Tenha um domingo abençoado!
    Beijinhos

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  3. Sérgio8/27/2023

    Não nos culparmos pelos absurdos com que nos deparamos. Para mim, esta foi a parte mais importante deste lindo poema. Os absurdos podem ser tudo o que não temos controlo sobre, aquilo que a sociedade ou os outros esperam de nós, a própria cultura, que muitas vezes nos impõe absurdos e hipocrisias. Quantas pessoas vivem amarradas a regras e ideas que não são delas, mas impostas. E vivem vergadas sob o seu peso. A pousar de flor murcha em flor murcha. No fundo, a libertação só pode acontecer quando vivermos em verdade connosco próprios. E isso é das coisas mais difíceis de atingir. Mas é para isso que a nossa caminhada deve seguir, todos os dias. Questionar tudo aquilo que nos atormenta e torna o caminho difícil: porque me sinto assim? Será verdade aquilo em que estou a acreditar? Poderei sentir-me de forma diferente e encher a minha vida com vida? Muitos beijos

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  4. Reedição sempre bem-vinda, dada a beleza do poema! És, realmente, uma mestra das letras, amiga! Aproveita bem a pausa e volta breve; fazes falta! Meu abraço, boa semana.

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  5. Belíssimo poema, amiga Ailime!
    O silêncio, é a fonte de inspiração do poeta. Na sua inquietude e procura do seu eu...
    Gostei muito.
    Votos de uma excelente semana!
    Beijinho.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  6. Belíssimo poema, amiga Ailime!
    O silêncio, é a fonte de inspiração do poeta. Na sua inquietude e procura do seu eu...
    Gostei muito.
    Votos de uma excelente semana!
    Beijinho.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  7. Gostei muito deste poema, de tal modo que voei nas asas das tuas palavras...
    Continuação de boa semana, cara amiga Ailime. E boa pausa.
    Um beijo.

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  8. Olá Ailime,
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, e boas férias!
    Beijinho.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  9. Que belo, boas férias. A leveza é tão necessária. bjsss

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  10. Vai. Descansa. E voa com o vento. Mas tem cuidado com as escarpas.
    Boas férias, minha querida Amiga Ailime.
    Um beijo.

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  11. Olá, amiga Ailime, meus parabéns por mais essa criação
    poética. Gostei muito do seu poema, NAS ASAS DO VENTO,
    inspirado poema.
    Votos de um bom final de semana, saúde e paz.
    Beijo.

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  12. Ausentarmo-nos, sempre que possível, do bulício da humanidade
    é revigorante e imprescindível à sanidade...
    Muito expressivo e harmonioso... Beijinhos
    ~~~~~~

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  13. Tão bonito, Ailime!!!! Estimo que tenha passado umas excelentes férias! Eu tive de novo um Verão problemático, infelizmente! Após um ligeiro covid primaveril, a saúde da minha mãe, continua a ressentir-se nos meses seguintes, com o sistema circulatório destabilizado, juntando à má circulação das pernas... enfim! Tudo está numa fase serena de momento... mas foi outro Verão, passado entre consultas e tratamentos, quase diários, a tratar de uma dermatite problemática, aqui da minha velhota... e como estamos numa fase em que bons médicos e enfermeiros não abundam...
    Beijinhos
    Ana

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.