Nem sempre as casas têm claridade.
As heras e os musgos retiraram-lhes
o brilho da genuinidade
e fazem-nas mergulhar na escuridão
que o tempo há muito traçou.
Através das portas e janelas,
em escombros,
não ouço o crepitar do lume,
nem sinto o aroma das flores,
agora murchas sobre a mesa
da sala de entrada.
Desço e subo degraus,
mas o meu olhar nada vislumbra
e no meio das sombras,
de ontem,
apenas o vazio me fala de vida.
Texto
Ailime
28.04.2023
Imagem Google
Ailime
28.04.2023
Imagem Google
Infelizmente muitos casarios antes palacetes encontram-se abandonados e a degradarem-se dia a dia. Ou por os donos galeceram e os herdeiros andam por terras distantes, ou porque não existe dinheiro para remodelações, ou pior, por disputa de herança entre os interessados.
ResponderEliminarGostei muito da forma como poetou a situação em harmonia com a imagem
Um Sábado feliz
Boa tarde de sábado, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarLindo!
Tive hera numa casa onde morei no RJ, foi a minha primeira casa própria. Também numa que morei aqui no ES em outra cidade. Gosto muito delas se bem cuidadas.
Seu poema retrata uma realidade que até faz pensar. Quando vejo casas assim na situação da descrita poeticamente aqui, penso muito, abandonar um lar é tão desagradável e triste com tantos precisando de um .
A poetisa capou beleza que poderia existir, mesmo em meio aos escombros, que lindo!
"não ouço o crepitar do lume,
nem sinto o aroma das flores,
agora murchas sobre a mesa"
Uma sensibilidade perfeita.
Tenha um feriadão abençoado!
Beijinhos
Mais um belíssimo poema. Gosto de ver casas com heras mas entristecem-me ver ruínas assim.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom Domingo
Eu sempre gostei de heras subindo pelos muros. Mas não gosto de escuridão nas casas e infelizmente, o tempo a traz! Linda poesia e imagem! beijos, chica e ótimo domingo!
ResponderEliminarEu amei seu escrito, um texto vibrante que realmente me fez entrar na casa com você. Eu queria meus muros todos forrados com hera, mas pensei muito no custo alto e acertei. Um abração!
ResponderEliminarAs heras que enfeitam e que ocultam o tempo com suas façanhas.
ResponderEliminarA casa cheia de historias hoje aconchegadas pelas heras.
Belo texto Ailime desta linda série.
Bjs de paz.
Um tema que me é caro, na pintura e na poesia. Gostei.
ResponderEliminarUm abraço.
Ouvir o vazio a falar da vida é um reflexo do vazio que se instala dentro de nós quando a casa que amámos fica abandonada. Mais um excelente poema, minha Amiga Ailime.
ResponderEliminarTudo de bom.
Um beijo.
A hera esconde a beleza de outrora onde ficou guardada muitas e nobres histórias
ResponderEliminarUm belo poema amiga Ailime
Beijos e um maravilhoso domingo
E por detrás da beleza adivinhada e nostálgica,
ResponderEliminarfica sempre a pergunta, quem vivenciou a vida
abrigado por estas paredes?...
Gostei do poema, Ailime. Parabéns por ele.
Ótimo final de domingo e boa semana. Beijinhos
~~~
As casas também nascem, vivem e morrem, como tudo o que é vivo.
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Boa semana.
Um beijo.
Olá Ailime,
ResponderEliminarPoema muito interessante. Onde se evidenciam as casas desertas, abandonadas, que dentro delas, por certo, guardam muitos segredos.
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana!
Beijinhos.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Um poema super-reflexivo, lindo!
ResponderEliminarNão suporto casas escuras e abafadas, dá-me arrepios e angústias...
Beijinhos... FELIZ MAIO...
Maravilhosa publicação :)
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida
.
Beijos e uma boa semana.
Ailime
ResponderEliminarFazem-me sempre muita nostalgia ver o abandono das casas, mas confesso que sou fascinada em as fotografar.
Mas, fico sempre a pensar em quem viveu naquela casa, em quem fez ali o seu lar e agora, de nada vale.
Gostei do poema e da foto.
Beijinhos
:)
Muito bela análise em forma poética!
ResponderEliminarAssim é a vida!
Beijinhos e tudo de bom, amiga Ailime!
A tua sensibilidade, Ailime, captou a mensagem: é o amor, que enche vida e luz as casas! Muito belo! Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarVer casas em ruinas me angustia, acho que vislumbro o abandono, vejo a morte em vida. Seu poema é lindo e expressa com beleza a ausência. bjsss
ResponderEliminarNão fosse a casa em ruínas e toda a história que ela guarda, Ailime. que nos traz à memória tantas histórias. Ficam as heras como testemunho de solidão.
ResponderEliminarGrande sensibilidade, bela poesia!
Beijinho
Muitas vezes em ruinas é uma desilusão ver aqueles lugares que nos trazem memórias.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Nós somos a nossa própria casa. Olhamos para ela hoje como o fazíamos ontem. Não deixamos que desfaleça porque não se parece hoje com o ontem. Tudo muta. Mas dentro de nós a vida continua. E agradecemos tudo isso. As memórias criadas, as que se hão-de criar. Estarmos aqui e darmos graças pela vida. Gasta pelo tempo ou não, é vida e é só nossa. Cuidemos então dela, guiemo-nos pelo que sentimos que está certo para nós. Muitos beijinhos e obrigado por mais um lindo poema.
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