quarta-feira, maio 26, 2021

Já não sei das palavras



Já não sei das palavras.


Procuro-as entre o amontoado de papéis

e só vislumbro rascunhos indecifráveis,

restos de folhas amarelas, com pó,

pétalas de rosas secas.


Vem-me  à memória o que escrevi

e não sei enxergar o tempo

que me leva até ti,

no esplendor dos dias ontem.


Tudo tão belo, mas tão breve.



Texto e foto
Ailime
26.05.2021

16 comentários:

  1. Ailime
    por vezes elas, as palavras andam por aí desviadas e perdidas, mas um dia elas voltam para onde partiram.
    muito belo o seu poema (como sempre) cheio de sensibilidade e lucidez.
    beijinhos
    :)
    http://olharemtonsdemaresia.blogspot.com/

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  2. O que é bom, regra geral, acaba depressa. Gostei muito de ler.
    .
    Cumprimentos poéticos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  3. Boa tarde de serenidade, querida amiga Ailime!
    Suas palavras vão além de pétalas dentro dos livros...
    Elas voam pelo mundo nos dando um sabor ao lê-las.
    Deus abençoe seu dom, amiga👏🙏.
    Tenha um anoitecer abençoado!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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  4. Um poema muito bonito!! :))
    -
    Encantamento das estrelas...
    -
    Beijo e um excelente dia

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  5. Assim são os momentos e pessoas mais especiais na nossa vida, sobretudo se já não está entre nós. Lindo poema, inspiração sempre a voar alto. Beijinhos do filho Sérgio

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  6. Poesia linda, bem isnpirada e linda foto! bjs, chica

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  7. Boa noite, amiga Ailime!

    Palavras vêm e voltam
    Sem sair do seu lugar
    Guardam-se dentro de nós
    Para poderem respirar...

    Belo poema!

    Parabéns pela inspiração!

    Beijinhos!

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  8. É tudo muito breve. Mas as palavras são cúmplices do poeta. E voltam. E trazem outras palavras, outros sons, outros gestos. Tudo mais perfeito como quem renasce. Lindíssimo, minha querida Amiga.
    Muita saúde.
    Um beijo.

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  9. Lindo poema. O tempo é passageiro e o que era já não volta. As sensações e emoções são variáveis, retornam com gostinhos diferentes. Interessantes são as palavras escritas e que ficam guardadas, ao vê-las numa outra fase, soam meio misteriosas. São reflexivas como a foto da 🌹Rosa.
    Beijinhos

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  10. A vida é breve, a poesia eterniza-se neste estado de desobediência das palavras que se aglutinam para um belo poema.
    Um belo canto amiga.
    Beijo e paz.

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  11. Lindo poema que busca a volta impossível, ficando em registros de um tempo vivido e provocando novas emoções. Bjs.

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  12. Papéis amarelecidos que acompanham as recordações.
    E com elas a mesma sensibilidade e a bela forma de
    de escrever que não perdeu, como se vê neste poema.

    Bom domingo
    Beijo
    Olinda

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  13. Excelente retrato da vida e do amor, amiga: tudo tão lindo, mas tão breve! Belo post, mais uma vez! Meu abraço, boa semana.

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  14. As pétalas vão fenecendo .
    Mas nos papeis amarelecidos as palavras ainda que murchas pelo tempo , são o testemunho de quão tudo é breve demais
    Grande poema, Ailime
    Beijinho

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  15. A efemeridade do tempo, na pressa dos dias... e o seu reflexo nos nossos sentires... brilhantemente traduzidos nesta formidável inspiração!
    Cada vez melhor, Ailime! A sua poesia está ganhando uma profundidade, e uma serenidade, deliciosas de se apreciar...
    Beijinhos!
    Ana

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.