sexta-feira, novembro 13, 2020

Os meus gestos



Sempre houve uma certa inquietude nos meus gestos
ora lentos, ora apressados, ou apenas soletrados por pensamentos
que se entrecruzam com as mãos, que ora se poisam em cima da mesa
ou simplesmente se esgueiram para o poema em embrião.

Por vezes tento acalmá-las, mas escapam-se-me com ligeireza
como se tivessem ânsia de chegar antes de mim.

As minhas mãos e os meus gestos sempre se desencontraram
como se uma certa tensão se aninhasse nas pontas dos dedos
e o poema ficasse enclausurado na teia das palavras.


Texto
Ailime
12.11.2020
Imagem Google
Autor desconhecido

21 comentários:

  1. Somos todos um pouco assim.
    Mas você fez um belo poema cheio de sensibilidade e ternura.
    Eu gostei
    Bom fim de semana.
    Beijinhos
    :)

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  2. Tão bonito!!Amei. Obrigada pela partilha!
    *
    Imaginar, o reverso da velhice
    -
    Beijo e um fim de semana!

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  3. Penso que todos temos momentos assim!!!
    Ailime... gosto das escolhas! Bj

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  4. E assim nasce um poema...
    Magnifica descrição poética do acto de criação...
    Beijinhos, Ailime!
    Ana

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  5. Poetizou novamente com lindeza e coragem!... A alma livre se expressa, põe pra fora as profundas verdades...
    Parabéns pelo canto repleto de encanto!
    Bjs e admiração...

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  6. Olá, querida amiga Ailime!
    Muitas vezes paro tudo e me entrego à mercê da inspiração...
    Ela passa, como a Graça.
    Muito linda e profunda sua poesia do seu eu real de poetisa.
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno

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  7. Sempre vejo sensibilidade e beleza juntas em tuas poesias,Ailime!Lindo! Ótimo fds! bjs, chica

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  8. ... e assim se escreve por gestos
    com ternura
    Bj

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  9. É um pouco de desfazamento, entre o que se sente e o que se faz.
    Gostei muito destas palavras tão verdadeiras.

    Beijinhos Ailime

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  10. E assim se faz poesia... alinhavadas ou desencontradas dos gestos o resultado ficou deslumbrante
    Beijinhos

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  11. As palavras chamam e dominam. Procuram-se, encontram-se... e nasce a poesia. Um encanto! Bjs.

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  12. Passamos por diversas fazes na vida.

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  13. As mãos dos poetas que se perturbam com as palavras e com as emoções.
    Lindo, minha Amiga Ailime.
    Cuida-te bem.
    Um beijo.

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  14. Olá, amiga Ailime, parabéns por esse teu singular poema, um canto sobre sua inquietude e seus gestos que resultaram nessa obra de arte.
    Inspirado poema que me deu muita satisfação em lê-lo.
    Um beijo, e uma boa semana.
    Cuide-se, amiga.

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  15. Que belo, amiga Ailime!
    Haja poesia na vida, que as mãos e os gestos hão-de encontrar forma de a descrever, como bem fazes.

    Boa semana, amiga!
    Beijinhos.

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  16. Muito belo, Ailime.

    Afinal, gestos, palavras e pensamentos que se cruzam
    na gestação do poema... Grata pelos bons momentos...

    Boa semana. Beijinhos.
    ~~~~~~

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  17. Até admito a tensão entre as mãos e os gestos, Ailime; mas, com certeza, os teus poemas não são enclausurados! Fluem, sempre, belos e líricos! Meu abraço, amiga; boa semana.

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  18. Apesar da inquietude, este poema é sereno.
    E excelente. Os meus aplausos.
    Continuação de boa semana, querida amiga Ailime.
    Beijo.

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  19. Um bonito texto.
    Abraço e saúde

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  20. É certo, que das pontas dos dedos inquietos um poema lindo lhe caiu no colo. O poder da criação é inquietante e deslizante Ailime.
    Muito bonito amiga.
    Beijo e paz.

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  21. Meu abraço, amiga, boa semana; aguardo o próximo post!

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.