sexta-feira, março 24, 2017

Onde estão as flores...?

 

Onde estão as flores de mil e uma tonalidades
que plantavas no jardim e que cuidavas com tanto amor?

Onde estão as manhãs frescas e o sol cintilante
que nos davam os bons dias e acariciavam de mansinho
como a água leve e pura que caía da pequena fonte ali próximo
e nos mitigava a sede nos dias soalheiros de verão?

Onde está o rio azul de águas transparentes e líquidas
que nos refletia no rosto o verde azul das lezírias,
que se estendiam verdejantes a perder de vista no horizonte?

Hoje restam apenas flores murchas (só os lírios continuam viçosos),
a flutuar no rio contaminado pela ignomínia do Homem.
O sal dos que clamam por justiça escorre-lhes no rosto a revolta.





Texto 
Ailime
24.03.2017
Imagem Google


13 comentários:

  1. Triste inspiração,Ailime e pena que tantas vezes isso é a realidade... Não podemos mais ver as flores, de tantas outras sujeiras de todas as espécies... bjs, chica

    ResponderEliminar
  2. A destruição, a morte, a poluição tão bem descritas neste texto.
    Um abraço e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  3. Um poema que é um grito de alerta, uma chamada de atenção para todos nós que nos vamos tornando habitantes negligentes deste planeta azul...
    É também uma reflexão a um estado de espírito de quem sabe interiorizar o que pensa. Lindo, minha Amiga Ailime.
    Um bom fim de semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  4. Bonito e cheio de lamentações. Um grito e sensações de urgências...
    Ainda bem que os Lírios estão sorrindo viçosamente, aguardando socorro...
    O meu abraço neste sábado...

    ResponderEliminar
  5. Maravilhoso. Fantástico. Melancolizo. Amei.

    Beijo e bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  6. Infelizmente uma triste realidade!
    Gosto... Bj

    ResponderEliminar
  7. Belo poema, Ailime, que nos desperta para um perigo iminente: até quando teremos um mundo com água e flores, se continuarmos a destruir a Natureza?! :( Boa semana, amiga; fica bem!

    ResponderEliminar
  8. Tudo tem seu tempo certo.
    Tempo de plantar e de colher .Tempo de nascer e de morrer.
    O Homem ainda nao aprendeu a cultivar, a preservar .
    Triste será o fim.
    Bom te ver Ailime

    ResponderEliminar
  9. Boa semana, amiga; aguardo o próximo post!

    ResponderEliminar
  10. Parabéns pelos olhos sensíveis e um coração que fala. Belo texto que retrata a imagem ainda que triste. Um abraço

    ResponderEliminar
  11. Aguardo o próximo post, minha amiga. Boa semana!

    ResponderEliminar
  12. É muito triste ver a natureza perder a beleza de suas flores por causa do homem que só pensa em destruir o que é belo. Ainda bem que existem, ainda, pessoas que plantam flores, plantam amores e cultivam o belo. Linda poesia. Abraços!

    ResponderEliminar
  13. Tempos difíceis estes, para onde fugir depois de tudo. Belíssimo poema, me fez refletir mais ainda e querer correr para as minhas flores.

    ResponderEliminar

«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.