Um poema germina como uma árvore.
Dissemino palavras, imprecisas,
sob a magnólia do jardim;
Deixo que o tempo as faça florescer na primavera.
Não sei se as palavras tem odor, como as flores do jasmim
dependuradas do muro, em redor da casa.
Todos os dias espreito da janela
para enxergar alguma palavra, nas folhas
da magnólia, mas o vento, em rodopio,
confunde-me o olhar.
Numa manhã, deparo-me com um broto,
que me parece uma folha a perfurar
uma pétala de magnólia, caída no chão.
O poema inicia o seu ciclo
e, como a primavera, chegou o tempo
de vicejar.
Dissemino palavras, imprecisas,
sob a magnólia do jardim;
Deixo que o tempo as faça florescer na primavera.
Não sei se as palavras tem odor, como as flores do jasmim
dependuradas do muro, em redor da casa.
Todos os dias espreito da janela
para enxergar alguma palavra, nas folhas
da magnólia, mas o vento, em rodopio,
confunde-me o olhar.
Numa manhã, deparo-me com um broto,
que me parece uma folha a perfurar
uma pétala de magnólia, caída no chão.
O poema inicia o seu ciclo
e, como a primavera, chegou o tempo
de vicejar.
Texto e foto
Emília Simões
05.04.2025