quinta-feira, agosto 31, 2017

Há como que um relógio


Salvador Dali


Há como que um relógio
suspenso nas paredes do tempo
onde os ponteiros das horas
esvoaçam como pássaros
a rasar a manhã
em voos rápidos e intermitentes,
que desnorteiam as folhas
que vão tombando
neste outono precoce.
Quisera deter o ímpeto dos pássaros
e a queda das folhas
abraçando o entardecer
como se não houvesse amanhã.



Texto Ailime                                                                     
Imagem Google
31.08.2017

13 comentários:

  1. Que lindo Ailime,aqui em Setembro iniciaremos a estação Primavera.
    Bjs-Carmen Lúcia.

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  2. Maravilha de inspiração,Ailime! O tempo voa, as folhas nascem, morrem... LINDO! bjs, chica

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  3. As estações mudam e as paisagens também. Vamos acompanhando os seus sinais e maravilhas...
    Um canto lindo, Ailime! E não é que amanhã já é Setembro!...
    Beijinhos

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  4. Encantadora sua inspiração, beijos carinhosos!

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  5. Adorei este pequeno e belo poema!!! Bj

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  6. Foge-nos o tempo na vertigem das horas que vivemos. Tempo assinalado por relógios sem descanso perturbando os nossos hábitos.
    Deter o voo migrante dos pássaros e segurar os dias "como se não houvesse amanhã". É de Poeta, Ailime. minha Amiga.
    Um beijo.

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  7. Eu conhecia, Ailime, esta obra do Dali. Mas, confesso: vê-la assim, em perfeita interação com este teu belo poema, trouxe-me uma nova e mais ampla concepção sobre ela! Obrigado, boa semana.

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  8. Que vivam os relâmpagos
    cadenciados
    Bj

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  9. Lindo seu poema que canta a passagem do tempo interno. bjs

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  10. Aguardando o próximo post, amiga, desejo-lhe uma boa semana!

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  11. Uma poesia belíssima, tornando a melancolia do outono mais alegre.
    Beijinho, Ailime

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.