quinta-feira, agosto 04, 2016

O grito

Eduard Munch

Mastigo as palavras
que me corroem a alma
e se colam na garganta
como se um grito silente
me ocultasse na voz
as sílabas que, teimosas,
me  estrangulam no peito
a construção do poema.
É que há palavras,
que rasgam o ventre
ao germinar.


Ailime
04.08.2016
Imagem Google

9 comentários:

  1. Muito bonito!
    Adorei a tela.

    Beijo

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Olá, Ailime.
    Bonita inspiração, apesar da dor que representa.
    Há palavras que nos rasgam a alma, dilaceram-nos por completo.

    bj amg

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  3. Poesia linda, um verdadeiro grito trancado no peito! bjs, lindo dia! chica

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  4. Um canto gritante e extravasante...
    A alma e suas fases... Em todo tempo Deus é Onipotente!
    Um Bom Dia, Ailime!!
    Com carinho e um imenso abraço...

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  5. O "grito silente" dos poetas no encalço do poema. Como se um incenso de ervas amargas exorcizasse as palavras para fazer delas uma absolvição...
    Maravilhoso o poema, Ailime.
    Um beijo, minha Amiga.

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  6. Boa Tarde, querida amiga Ailime!
    Sei bem como é isso, minha irmã, é que nos fazem engolir pela goela abaixo muitas palavras não ditas... aí, exprimimos em forma de poemas que doem nossas entranhas numa dor fininha ou bem rude...
    Lindo poetar!
    Bjm muito fraterno

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  7. "há palavras/que rasgam o ventre/ao germinar" quem escreve assim desperta a (minha) vontade de ler mais.
    se me permite fica na minha lista de blogs.

    grato

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  8. Como te entendo, minha amiga!

    Beijinhos

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  9. Há, Ailime; porque são como facas em nossa alma os sentimentos que elas expressam. Belo poema, minha amiga! Boa semana.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.