sábado, janeiro 30, 2016

Poesia de Graça Pires


As águas baixaram.
Amainada a maré vieram as gaivotas
poisar-nos na janela.
O brilho inesperado dos barcos
e das dunas doía no olhar.
De olhos fechados, ainda assim
nos perturbava a clareira de bruma
que alastrava do mar.
As gaivotas, essas, traziam nas pupilas
um rebentar de ondas que nos ensurdecia.
Ao anoitecer jantámos em silêncio
e adormecemos com sede.

In: Poemas Escolhidos
(1990-2011)
Graça Pires

9 comentários:

  1. Boa noite
    Muitos parabéns. Que poema Fantástico! Adorei

    Bom fim de semana

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Da maneira como está escrito,
    vou tentar comentar rimando,
    antes de no silêncio adormecido
    um poema das gaivotas falando!

    As águas no mar baixaram,
    as ondas estão abrandando
    na noite em silêncio jantaram
    as gaivotas continuam voando!

    Boa noite, bons sonhos e um bom dia de domingo, amiga Ailime, um beijo.
    Eduardo.

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  3. Sempre especiais as poesias da Graça! Lindo aqui! bjsm chica

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  4. Poesia bonita e reflexiva.
    Foto bela e poética...

    O meu abração neste início de semana, mês...

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  5. graça Pires também encantou-me, Ailime! Beijos!

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  6. Ailime, é tão generosamente que estás a divulgar um poema meu. Muito obrigada, amiga.
    Um beijo.

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  7. As poesias da amiga Graça sempre me encanta! Lindo demais!
    Um abração!
    Mariangela

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.