sábado, outubro 18, 2025

Há no vórtice das palavras

 

Belinda Flores


Há no vórtice das palavras alguma solidão.
Não é que as palavras não expressem emoções,
mas, por vezes, o gume ácido da vida
não deixa que façam sentido.
Nas encruzilhadas dos trilhos que percorro,
como pássaro sem penas, ouço ao longe
o som do silêncio, que me corta a voz.
Há inúmeras metas a percorrer,
para melhor entender o significado
do que me rodeia, do que me espanta.
Porque a vida não sendo linear
é composta por sóis e luas,
por abraços e palavras,
por ecos e resplendores,
nos silêncios partilhados.


Reedição
 (revista)
Emília Simões
26.11.2022

14 comentários:

  1. Boa noite de sábado, querida amiga Emilia!
    Que poema!
    Damos voltas e não dissecamos as palavras dos poetas.
    Seus silêncios partilhados são gritos da sua alma.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos fraternos

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  2. Impressionante ,Ailime! Adorei! A vida é mesmo feita assim...Sóis e luas! Lindo e reflexivo teu poema!
    beijos praianos, lindo domingo,chica

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  3. É preciso ser poeta para entender os vórtices das palavras , os aluviões que estão nos caminhos da vida e você, mestra em versos o fez com uma beleza intensa! Bênçãos infinitas e dias alegres!

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  4. Bello poema. Te mando un beso.

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  5. As palavras que tanto dizem e fazem nos seus mais significativos movimentos. Beleza de canto Ailime para a vida que segue como uma senoide e com sabedoria, que vamos sobreviver nas descidas desra senoide, porque a subida é certa.
    Bjs e aplausos.

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  6. Hi,
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  7. Independentemente da publicação que vi, li, e elogio, , passo para desejar um domingo feliz e em seu coração exista sempre Paz e Amor, extensivo a toda a sua familia e demais pessoas que residam em seu coração.
    .
    Poema: “ SAUDADE “ .
    .

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  8. Vivemos num mundo onde é fácil escrever e usar a palavra dessa forma: fácil e fútil. Escreve-se e fala-se muito… falta o ouvir com calma, o respirar com calma, o aceitar e reconhecer os outros silêncios e os seus ecos. Concordo que o espaço do silêncio deve existir e nem tudo se pode ou deve apalavrar. A ideia de que podemos explicar tudo (por palavras) vem de nos endeusarmos, de acharmos que somos o centro do universo. Abraçar o silêncio é reconhecer que somos apenas um grão de areia no vasto universo. É também reconhecer essa outra linguagem que o poema tão bem sugere, a de que o silêncio é cúmplice, e para a qual não são precisas palavras porque não chegam para o compreender. Beijinhos

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  9. Olá, cara Emília
    Silêncios que nos envolvem e a que os poetas
    dão voz na sua arte de transformar em palavras
    as curvas da vida.
    Adorei o poema, minha amiga.
    Beijinhos
    Olinda

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  10. Sim, tantas vezes o gume ácido da vida não deixa que as palavras façam sentido. É então que o silêncio nos reconforta e nos cerca como se fosse a única salvação. Lindo, o poema.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  11. E as suas palavras expressam muito bem emoções.
    Como é o caso deste poema, que é magnífico.
    Boa semana querida amiga.
    Um beijo.

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  12. Li-a com mesmo interesse e encanto, Emília; sempre me encantam as tuas palavras e as imagens que escolhes, amiga! Meu abraço, boa semana.

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  13. Boa tarde Amiga Emília
    Um texto de delicada introspeção, onde o peso e a leveza das palavras se equilibram num voo poético.
    Gosto especialmente da forma como a autora traduz a solidão e o silêncio em matéria sensível, quase palpável.
    Um belo exercício de reflexão sobre o que nos move e nos cala.
    Adorei o poema e a imagem de suporte em total sintonia.
    Boa semana com saúde e paz..
    Deixo um beijo
    :)

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  14. Olá Emília.
    Poema belo e poderoso, onde a inquietude latente, mas pujante no seu querer, se manifesta em toda a sua dimensão.

    Gostei bastante.

    Deixo os votos de bom fim de semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.