BOAS FESTAS!
(Vou fazer uma pausa)
apanhávamos o musgo como
se fora veludo.
Era macio, brilhante, como
duas estrelas a faiscarem amor.
que, delicadamente,
o subtraíam à terra, também ela macia.
As nossas vozes, desafinadas,
entoavam cânticos de Natal.
O Menino esperava-nos
numa caixa guardada
na sacristia da Igreja.
Era uma luz serena,
que humilde e silenciosa
dali a pouco refulgiria numa caminha de palha
sobre o presépio de musgo macio.
No topo da cabana
Ailime
24.11.2021