Há no silêncio das águas
um outro planeta
a carpir o chão queimado.
E na ausência das marés
a terra implora
que as gaivotas regressem
para libertar os barcos
esquecidos nos portos.
No meu olhar ressequido
há muito que as cinzas
não me deixam ver claro.
Ailime
28.10.2017
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