O rio, sempre o rio...
que deixa a descoberto
as margens longínquas do tempo
que te cerceiam os gestos
e onde o teu olhar repousa
como se não houvesse amanhã.
Os dias claros percorrem-te o olhar
desfazendo as névoas da incerteza,
que em silêncio resgatas à luz.
O rio, sempre o rio...
A sulcar na lonjura das marés
a clarividência do teu sorrir.
Ailime
31.10.2016