Onde estão
as flores de mil e uma tonalidades
que
plantavas no jardim e que cuidavas com tanto amor?
Onde estão
as manhãs frescas e o sol cintilante
que nos
davam os bons dias e acariciavam de mansinho
como a
água leve e pura que caía da pequena fonte ali próximo
e nos
mitigava a sede nos dias soalheiros de verão?
Onde está
o rio azul de águas transparentes e líquidas
que nos
refletia no rosto o verde azul das lezírias,
que se
estendiam verdejantes a perder de vista no horizonte?
Hoje
restam apenas flores murchas (só os lírios continuam viçosos),
a flutuar
no rio contaminado pela ignomínia do Homem.
O sal dos
que clamam por justiça escorre-lhes no rosto a revolta.
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