que à tua passagem te queimam os pés,
te sacodem, como se o vento alastrasse
e se detivesse no teu andar vagaroso e
pesado, como as folhas que
se arrastam impelidas por aragens
ensurdecidas de tanto silêncio.
À margem dos dias as florestas
gritam por socorro
no leito seco dos rios.
Ailime
26.10.2021