Abro a porta ao silêncio
e refugio-me nas memórias
que tenho albergadas em mim.
e refugio-me nas memórias
que tenho albergadas em mim.
São memórias longínquas,
que se vão desvanecendo
como as nuvens que se desfazem
impelidas pelo vento, deixando uma
estrada no céu.
Procuro uma luz para as proteger
para que fiquem intactas, sempre
que me recordar dos dias em que tudo
era claro e as aves esvoaçavam
em alegres bandos dentro de mim.
Distancio-me e indiferente
procuro outro lugar para
guardar as memórias,
que parecem vaguear entre sombras
e solidões que, de instante a instante,
se revelam à minha passagem.
Texto
Emília Simões
29.01.2024
Emília Simões
29.01.2024
Imagem Google