No meio dos canaviais avista-se o mar
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
de tanto caminhar
e os olhos embaciam-se com a neblina.
Por instantes deixa de enxergar.
e os olhos embaciam-se com a neblina.
Por instantes deixa de enxergar.
Ouve as gaivotas que grasnam assustadas
prenunciando tempestade
naquele fim de tarde.
Fica em desassossego e
e num reflexo rápido esfrega os olhos
e pode observar relâmpagos
que faíscam à sua frente.
Num casebre próximo recolhe-se
até a tempestade passar.
O cansaço é mais forte e adormece.
Quando acorda já é manhã.
No horizonte, nuvens brancas, sorriem-lhe
e retoma o seu destino.
Texto e foto
Emília Simões
25.05.2024
25.05.2024