Há silêncios que me
confundem
e palavras
que como espadas
me trespassam os
sentidos
como se o meu corpo
já não me
pertencesse,
de tão gelado que
está.
É inverno... e
quase Natal.
Onde está o
aconchego e o Menino Jesus?
Tantas luzes,
tantos presentes,
tanta euforia,
tanta mesa farta
e até a guerra, a
terrível guerra injusta e cruel
não desiste de
matar.
Cidades destruídas,
crianças ao relento,
fome e desespero.
Tantos nus a
rastejar pelas cidades
estendendo as mãos
que ninguém vê,
que ninguém ouve,
que ninguém sente.
Que faço eu aqui,
impotente,
perante estes
factos que perturbam o meu sentir?
É tempo de Natal...
Sim, em Belém de
Judá,
nascerá de novo o
pobre Deus Menino
numa manjedoura
deitado
e envolto em
frágeis panos,
aquecido pelo bafo
dos animais do estábulo.
D’Ele emanará a luz
que se revelará a
mais brilhante,
que aquecerá e
libertará
e ouvir-se-ão
cânticos de louvor
entoados por toda a
Terra.
Eu clamo ao Deus
Menino: salva o teu povo
e renasce no
coração de cada Homem.
É tempo de celebrar
o teu Natal.
Texto
Ailime
20.12.2016
Desejo-vos um santo e feliz Natal.
Abraços.