chuva, gelo,
meninos descalços,
flores murchas,
pássaros, entoam
melodias apressadas
de vento, em debandada.
Dias sombrios,
ruas molhadas,
passos inseguros
atravessam o tempo
que se esvai por entre
sorrisos amargos.
O silêncio
rasga memórias
dum passado próximo,
dorido, com feridas
escondidas atrás dos olhos.
Sobre o rio, uma névoa clara,
auspicia
novas flores a brotar.
Texto e foto
Emília Simões
11.01.2024