E as folhas continuam a cair.
O meu coração transborda de emoções
Nas memórias do nosso tempo.
O vento sopra e ouço ao longe
O eco da tua voz a chamar-me
Como se me quisesses dar colo outra vez.
- Sim avó, eu vou já.
Deixa-me brincar mais um pouco,
Deixa-me ficar contigo
À lareira onde o fogo crepita
A chama do teu amor.
Em Novembro, daqui a dias…. (foi hoje)
Deixaste-me num mar imenso
De onde ainda emergem
As gotículas que durante horas a fio
Teimavam em soltar-se desse mar.
Sim, eu sei que aquela estrela
Que observo em cada manhã
É a tua alma a brilhar, a sorrir
Para me dar alento, para me consolar.
Sim, avó, vou tentar que o mar não
Me alague de novo.
Vou estar aqui a recordar-te.
Sim, a recordar-te sempre,
Até que nos voltemos a encontrar.
Ailime
19.11.2010
(Reposição)