Há em mim um sentir
Doído pela solidão
Por quem sofre o abandono
Em infortúnios ocultos.
Nas vielas estreitas e sombrias
O sal escorre pelas faces
De quem por detrás dos postigos
Aguarda o pôr do sol.
E nas soleiras das portas
Sentam-se réstias de vidas
Espreitando talvez a luz
Que lhes anuncie o futuro.