sábado, novembro 29, 2025

Um banco solitário

Pixabay

O outono revela-se nas pequenas coisas

que os meus olhos enxergam com pasmo.

No silêncio do vento, o outono guarda

folhas secas com segredos de vidas passadas.

Às vezes, nomes gravados revelam

amores antigos que por ali passaram, 

no parque, onde um banco solitário

imerso num mar de folhas,

parece lamentar as ausências,

antes tão presentes e comuns.

Hoje, ninguém tem tempo

para descansar no velho parque

e escutar os silêncios e o sussurrar do vento,

nas cirandas das folhas em rodopio.

Ainda é tempo para redescobrir os silêncios

e os segredos que aguardam uma nova vida.

Texto
Emília Simões
29.11.2025


18 comentários:

  1. Olá, querida amiga Emilia!
    Tão lindo e profundo seus poemas são e nos deixam em estado de contemplação.
    Sentei-me no banco e li seu coracao em versos.
    Tenha dias abençoados na nova semana!
    Beijinhos fraternos

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  2. Lindo y melancólico poema. Te mando un beso.

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  3. Tocante e maravilhosa tua inspiração nessa linda poesia,Ailime!
    Gostei muito e da foto também! beijos, ótimo dezembro, chica

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  4. Tudo o que nasce um dia morre. É assim em TUDO na vida, tanto humana, animal, material. Linda foto. Poema brilhante
    .
    Muita Saúde, Paz e Amor.
    .
    Poema: “ Abri e fechei a janela “ .
    .

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  5. Mais um bonito poema que vim cá conhcer.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  6. Como sempre, um maravilhoso poema!! Adorei :)
    .
    ”Saudade”
    -
    Beijos e um bom Domingo!

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  7. Saber ver é uma qualidade e o Outono merece o nosso olhar.
    Um abraço.

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  8. Um banco vazio a falar-nos de ausências e solidão. As folhas de outono parecem chorar essa ausência. Um poema tão cheio de moção, minha Amiga.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  9. Há segredos que renascem numa nova vida, seja porque a natureza tem as suas memórias ou porque ela nos induzem recordações já meio adormecidas.
    Gostei muito do seu poema, é magnífico.
    Boa semana minha querida amiga. Tenha um feliz mês de Dezembro.
    Beijos.

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  10. A beleza da imagem, Emília, só é superada pelo lirismo do teu poema, que nos convida a reviver aquele encanto dos outonos de outrora! meu abraço, amiga; boa semana.

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  11. Essa nova vida de que falas é tão essencial e simples: ter tempo para olhar o mundo, até para notar a nossa própria respiração- até isso fazemos mecânicamente e sempre em stress. Porque para notar o mundo temos primeiro de nos esvaziar de todo o ruído , de todas as coisinhas e coisonas que nos auto-impigimos e que nos impingem, do que achamos que são ou foram os nossos problemas. E só depois desse distanciamento, ou talvez através dele, começamos a ter tempo para Viver! Beijinhos

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  12. E a cada outono, Emília, o silêncio do vento nos traz mais e mais vozes, músicas, risos e lágrimas do passado. Belo poema! Meu abraço, boa semana.

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  13. Boa tarde Emília.
    Nos bancos solitários dos jardins, cheiram-se memórias e recordações, de lindos momentos ali passados.
    Gostei bastante, estimada amiga.

    Deixo os votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  14. Uma bela imagem do outono!
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  15. Maravilhoso poema, querida Emília, e a foto está linda demais!!!
    Beijinho, boa continuação de semana.

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  16. A passar por cá para desejar bom fim-de-semana!
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  17. Olá amiga Emília.
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.

    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuadpalavras.blogspot.com

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.