sábado, janeiro 04, 2025

Dou passos a medo

 

Dou passos a medo, não sei se me abrem
a porta.
Tinham-me dito que estava fechada,
porque as gripes e o Covid
andam por aí.

Cheguei e bati.
Dizem-me, a senhora está doente, de cama,
e não quer contágios.
(Lá terá as suas razões)!
Quem quer?

Imaginei a solidão e o silêncio
de quem vive dependente,
olhos baços que se fixam uns nos outros,
sem direito a um sorriso, a um aperto de mão, 
a uma palavra encorajadora.

O medo continua a limitar as ações
e o inverno continua frio no coração de
quem nunca viveu entre quatro paredes.

Há que acender fogueiras
para inflamar os corações.

Texto
Emília Simões
04.01.2025
Imagem Net

19 comentários:

  1. O medo está instalado, outro vírus virá.
    Um abraço.

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  2. Triste realidade, quando o medo nos aflige!
    beijos, tudo de bom,chica

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  3. Bom dia de domingo, querida amiga Emília!
    A covid veio para ficar e a aglomeração pode nos surpreender. Deus nos valha!
    A terceira estrofe do seu poema eu vivi na pele na Pandemia. Sobrevivi pela Graça Divina.

    "Há que acender fogueiras
    para inflamar os corações."

    Sim, Amiga, corações estão frios de tudo.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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  4. Estamos en un mundo donde impera el miedo. te mando un beso.

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  5. Deus queira que não volte o sufoco do COVID 🥺... Bem pertinente 👏😘

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  6. Sergio1/05/2025

    Quem tem medo de morrer, não está a viver. Há uma série de sentimentos que, mal empregues, ou levados ao exagero, não nos ajudam a viver. E portanto, é preciso ter cuidado com eles. O medo, a inveja, o ciúme, a avareza, o culpar os outros, o fazer-se de vítima ou de herói. Em tudo o que ouvimos ou lemos ou escrevemos ou dizemos, perguntemo-nos sempre: estou a usar um destes sentimentos, ou não. O poema foca-se no medo. O medo é uma prisão, autoinduzida ou induzida por outros. Se instintivamente serve para nos proteger de algo que poderá comprometer a nossa vida - é um instinto comum a muitos animais - quando exagerado e não analisado, torna-nos isolados e infelizes. O medo vence-se discutindo o que o está a causar e perguntando “estou 100% seguro que o que acredito é verdade?” Se não estou, posso começar a desmontar o medo. Não deixar que outros nos limitem ou induzam medos. Perguntar sempre se o medo é real ou absolutamente desnecessário.

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  7. Boa noite Emília
    A verdade é que nunca deixou de andar por aí. Nem a gripe nem o Covid. Temos é que estar cuidadosos para evitar problemas graves.
    As vacinas estão aí. Há que as tomar.
    Deixo os votos de uma ótima semana, e continuação de Feliz 2025!
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  8. Ainda anda por aí, mas brando mas a espreita, Cuidados são necessários, e o medo impede de se viver. Boa noite. Norma

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  9. Gostei bastante desta partilha! Obrigada.
    .
    Degraus da vida...
    Beijos e um Feliz Ano.

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  10. "Há que acender fogueiras para inflamar os corações". Concordo minha amiga. Mas vamos todos que ter cuidado de novo. Parece que há por aí outro vírus a perseguir-nos.
    Que ano de 2025 seja muito abençoado, com saúde, e amor.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  11. O medo de contágios estraga as relações sociais.
    Excelente poema, gostei imenso.
    Boa semana querida amiga Emília.
    Beijos.

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  12. This is such a poignant reflection on fear, isolation, and the deep need for human connection. The image of knocking on a door, only to be met with silence and separation, captures the emotional toll of living in a time of uncertainty. Your call to "light fires to ignite hearts" is a powerful reminder that even in these cold, isolated moments, we have the ability to bring warmth, compassion, and love to others. It’s a beautiful invitation to transcend fear and reach out, even when circumstances seem daunting.

    Wishing you a Happy New Year! I’ve just shared a new post on melodyjacob.com

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  13. Se o medo é um sentimento que nos ata , que seja para nos defendermos de quem não se defende Ailime . Vamos pensar que já aprendemos muito para não resvalar como antes . Cuidando de nós, cuidamos dos outros .
    Muito actual a sua reflexão
    Bom Ano
    Beijinho

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  14. Boa tarde, garota! 🤩 Vim apreciar suas palavras e desejar uma semana maravilhosa! Sua reflexão sobre vulnerabilidade e a necessidade de conexão humana é tocante. Em tempos difíceis, é crucial lembrar da importância do calor humano e da empatia. Que a luz dessas "fogueiras" aqueça todos os corações. ❤️‍🔥Grande beijo! 😘💐

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  15. Há, Emília! Precisamos acender fogueiras nos corações, para derreter o gelo que ameaça recobrir este mundo! Meu abraço, amiga, boa semana; feliz Ano Novo!

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  16. Gostei de reler este magnífico poema.
    Continuação de boa semana amiga Emília.
    Beijinhos.

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  17. Olá Emília
    Passando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e deixar os votos de um bom fim de semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  18. Um poema interessante com tema de cariz social...
    A fauna microscópica tentando derrubar a humanidade...
    Tempo diferente e preocupante.
    Bom fim de semana, estimada Emília.
    Beijinhos
    ~~~~

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  19. Olá, Ailime, também os poetas (refiro-me a você) estão sujeitos
    à sanha dos vírus. Portanto, cuidar é preciso.
    Parabéns, poeta, pelo belo poema.
    Votos de um feliz fim de semana.
    Beijo, amiga.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.