Casa branca em frente ao mar enorme, 
Com o teu jardim de areia e flocos marinhas 
E o teu silêncio intacto em que dorme 
O milagre das coisas que eram minhas. 
A ti eu voltarei após o incerto 
Calor de tantos gestos recebidos 
Passados os tumultos e o deserto 
Beijados os fantasmas, percorridos 
Os murmúrios da terra indefinida. 
Em ti renascerei num mundo meu 
E a redenção virá nas tuas linhas 
Onde nenhuma coisa se perdeu 
Do milagre das coisas que eram minhas. 
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Poesia I (1944)
Ailime
10.02.2011
Imagem da Net

Ailime, tenho tido vários problemas para estar em dia com as visitas, mas creio que logo se normalizará, pois não posso perder as coisas lindas como esse poema que vc nos presenteou. Só posso lhe dizer: parabéns, amiga minha! Paz e Bem!
ResponderEliminarGostei paerticularmente da última estrofe. "Quando eu morrer, procura-me no mar" dizia ela.E vai estrear este mês um filme sobre os ultimos 4 dias dela.
ResponderEliminarUm beijo seu
:)*
ResponderEliminarLindo poema Ailime!
ResponderEliminarUm grande abraço e um Domingo de muita paz.
Muito bonito. Gosto muito de Sophia de Mello Breyner Andresen.
ResponderEliminarUm beijinho amiga Ailime
lindo... bjs Insana
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