sábado, dezembro 13, 2025

No teu colo

Pixabay


Uma cozinha pequena,
uma lareira grande
e uma fogueira
de chamas a crepitar.

As varas com os enchidos,
na enorme chaminé,
lembravam a matança do porco,
ritual antigo do inverno.

Lá fora, geada e vento.
Tão frio era o inverno.
Era dezembro, mês de Natal.

A tua casa era modesta, mas ampla.
Nela morava o meu aconchego
nos longos serões de inverno,
até adormecer
no calor da lareira.

No teu colo, pela rua iluminada
pelos pirilampos que a ladeavam,
percorríamos o caminho de volta
à minha casa, um pouco acima.

Quando acordava de manhã,
ainda sentia o calor
do teu colo
e da lareira acesa.

Emília Simões
13.12.2025

11 comentários:

  1. Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

    ResponderEliminar
  2. Lindo poema cheio de saudades marcantes na tua vida! beijos, ótimo fds! chica

    ResponderEliminar
  3. Boa noite de Paz, querida amiga Emilia!
    Um poema cheio de saudade bonita, das que tocam o coração e se eternizam.
    Tão lindo, Amiga!
    Lwmbrei-me de uma matança de porco num casamento da familia com minha avó ainda viva...
    Tenha dias de dezembro abençoados!
    Beijinhos fraternos

    ResponderEliminar
  4. Um ambiente encantadoramente rural. Confortável.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  5. Romántico poema. Te mando un beso.

    ResponderEliminar
  6. Que lindo poema de memórias, e obrigado pela partilha. O ser-se amado em criança é absolutamente crítico para também amarmos ao nosso redor. Lembrar os avós desta maneira é mantê-los vivos e amados também. Muitos beijinhos! Já nos estamos quase a ver!!

    ResponderEliminar
  7. Velhos tempos, não havia televisão e muto menos internet. E depois do jantar, que se chamava ceia, a lareira era o centro do convívio familiar.
    Magnífico poema, gostei muito.
    Boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  8. Memórias de outro Natal confortável e belo. Lindo, o poema minha querida Amiga.
    Aproveito para desejar para ti e para toda a sua família um Natal cheio de amor e um ano de 2026 com muita saúde e conforto.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  9. Doces e cálidas recordações, não, Emília? Ah! Quantas boas lembranças guardamos dos tempos vividos! Meu abraço, boa semana.

    ResponderEliminar
  10. Adorei o poema, amiga! O simples título já me levou a outros tempos, em que o calor amável e protetor de um colo era o melhor remédio para todos os males! Meu abraço, boa semana.

    ResponderEliminar
  11. Gostei do poema.
    Levou-me para outros tempos, que ficaram na minha memória para sempre.
    Mas, tudo mudou desde então.
    Ficamos com as recordações.
    Gostei!
    Bom Natal!
    Deixo um beijo e uma abraço bem apertado.
    :)

    ResponderEliminar

«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.