No silêncio do outono
ouço o vento nas folhas
que caem impiedosamente
e a chuva que as embebe
deixando-as brilhantes
no chão escorregadio.
ouço o vento nas folhas
que caem impiedosamente
e a chuva que as embebe
deixando-as brilhantes
no chão escorregadio.
No silêncio do outono
revejo folhas antigas
que me trazem memórias
embutidas no meu ser.
No silêncio do outono
entro na tua casa
e as paredes brancas e frias
falam-me de ti
a observar o rio lá em baixo,
que corre límpido como o teu olhar.
No silêncio do outono
recolho-me, não ouço a tua voz
e não tarda é inverno outra vez.
Texto
Emília Simões
26.10.2024
Imagem Pixabay
Vivamos mais um Outono, a primavera virá.
ResponderEliminarUm abraço.
Simples e muito bonito. No silêncio do Outono, as memórias daqueles que já partiram voltam à nossa mente. Também as folhas partem, recordando-nos como a vida é transiente. Recordá-los é honrar a sua memória e vida e agradecer estarmos vivos pelos passos e amor de quem nos precedeu. Também honrar o ciclo da vida em que estamos. Não ter medo do seu fim. Mas viver com integridade e ligado ao universo onde estamos. Muitos beijinhos
ResponderEliminarMuito linda e no silêncio das estações uma chega, outra vai e logo vamos nessa roda delas....Adorei! beijos, lindo domingo! chica
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Emília!
ResponderEliminarFico daqui do outro lado do Atlântico imaginando como vai ficar lindo seu livro.
"No silêncio do outono
recolho-me, não ouço a tua voz"
Recolhidas, vemos tudo com outro timbre...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos