José Malhoa
Passo à tua porta, subo o degrau;
a pedra desfaz-se sob os meus passos.
O tempo pesa sobre o meu corpo
tão distante da leveza dos gestos,
quando te procurava e me enlaçavas
nos teus braços tão fortes
que me faziam sentir muito amada.
O tempo tudo traz e tudo leva,
mas como as folhas caídas
que atapetam o chão no outono,
na primavera brotam revigoradas
e volto a sonhar outra vez
com a leveza e ternura dos gestos,
gravados no meu viver,
Texto
Emília Simões
04.10.2024
Emília Simões
04.10.2024
SHOW,Ailime! O tempo passa e tanto leva, mas nas nossas lembranças tudo se renova! Adorei! beijos, ótimo domingo! chica
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Emília!
ResponderEliminarFiquei emocionada com o que li e confesso nunca vou superar o que vivi.
"tão distante da leveza dos gestos,
quando te procurava e me enlaçavas
nos teus braços tão fortes
que me faziam sentir muito amada."
A dor só minha não me fez sonhar nunca mais.
Emocionei-me e fico sem palavras.
Tenha um domingo abençoado!
Beijinhos
Muy dulce poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarO Outono é um lugar onde guardamos algumas das nossas memórias... sem pensarmos nisso.
ResponderEliminarUm abraço.