sábado, julho 13, 2013

A serenidade em mim


Amo a vida, o sol e os afectos;
Semeio-os nas intempéries do ocaso
E refugio-me num beijo ao infinito,
Reconciliando em mim a quietude.


Em névoas e penumbras
Navego o meu sentir
Imaginado nas auras
De almejados alvoreceres.

Abraço o anoitecer
De silêncio feito paz
E repouso o desalento
Em sonhos urdidos de auroras.


Mares crespados me assolam;
Marés rebeldes me cingem;
Imagino a placidez dos afectos
Mimando a minh’ alma inquieta.

Ailime
(2009)
Imagem Google

Nota: durante alguns dias não estarei por aqui.
Aproveito para agradecer a vossa presença
e comentários sempre tão generosos no meu canto.
O meu bem-haja a todos e até breve.
Com o meu carinho e amizade. Ailime


sábado, julho 06, 2013

Há na obscureza dos sóis


Há na obscureza dos sóis
Oceanos encobertos por marés
Que se transformam ao entardecer
Em silhuetas de espuma alva
Desenhadas por espirais de maresias
Que envoltas em recifes de corais
Antecipam o amanhecer.


Ailime
06.07.2013
Imagem Google

segunda-feira, julho 01, 2013

Uma brisa

Gustave-Caillebotte

Uma brisa,
Um olhar
E a água do rio
Que soletra de pedra em pedra,
A frescura
Que o vento
Canta
Na vela do barco,
Antecipando nas margens
Brandamente,
O encontro
Com o mar.

 Ailime
01.07.2013