Estão sentados em duas filas
como estacas, quase inertes,
que sustentam velhas árvores
prestes a tombarem no chão.
Nalguns rostos serenidade,
outros angustiados olham sem ver.
Muitos deixam pender a cabeça
e dormem alheios ao que se passa
em seu redor.
A maioria está calada
ou chama pela mãe, pelos irmãos
que já não tem.
Outros ainda há com um brilhozinho
nos olhos e falam, falam, para alguém
que os escute.
Na parede do fundo uma TV
emite sons que ninguém entende,
perturbadores,
- são os zumbidos da idade, dizem alguns.
Lá fora, algum vento e sol,
mas não chegam a ver a luz do dia.
Rituais que se repetem como se
num cárcere estivessem, pelo "crime"
de serem já muito idosos e doentes.
Texto
22.06.2024
Emília Simões
Imagem Google
Lindo, lindo! Amei o poema!!
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida...
Beijos. Bom fim de semana
Um poema que retrata fielmente uma grande faixa dos nossos idosos.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Cenas tristes essas, mas tua poesia ficou linda.Real, verdadeira e pena é o que vemos! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarBom domingo de Paz, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarHoje vi uma cena triste de uma idosa de andador fazendo turismo num lugar nobre, com a família, mas eles a deixavam sozinhas pelo lugar ...
Seu poema é realidade.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Profundo y triste poema . El abandono que sufren muchos ancianos. Te mando un beso.
ResponderEliminarTriste realidade!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Uma realidade que nos entra pelos olhos dentro quando visitamos os nossos familiares próximos.
ResponderEliminarUm abraço.
Se a nossa sociedade não se baseasse em dinheiro (os lares que o têm de ganhar, os filhos que o têm de ganhar e por isso, não podem tratar do pais etc, etc), isto não era a realidade. Ser tratado com dignidade na terceira idade devia ser um direito, não um negócio. Não abandonar quem nos fez e criou é nossa responsabilidade. Obrigado por ajudares a levantar o véu sobre este assunto. Beijos grandes, tenho muito orgulho em ter uma mãe assim!
ResponderEliminarCom licença, Ailime, para cumprimentar seu filho amado. Sou mãe e ter um filho que seja que nos seja cuidador já nos realiza imensamente.
EliminarParabéns aos dois!
Abraços fraternos
Lindo de ler. Amei. Parabéns
ResponderEliminarCUMPRIMENTOS poéticos
Olá Ailime
ResponderEliminarPoema forte, onde é retratada a triste realidade dos nossos idosos, muitos deles abandonados, entregues á sua sorte...
Gostei bastante.
Deixo os meus votos de boa noite, e feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Inquietante.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
A realidade aqui descrita é muito triste e inquietante. Basta entrar num lar de idosos para podermos ver o que descreves. E tantas vezes acontece também junto da própria família. Já não são respeitadas as pessoas idosas e tudo o que elas ainda nos podem ensinar. A fotografia é tão real que dói.
ResponderEliminarTudo de bom, minha Amiga Ailime.
Uma boa semana.
Um beijo.
A vida dos idosos vai-se complicando dia a dia. Alguns, principalmente os que sofrem de alzheimer, nem têm consciência da morte que se aproxima.
ResponderEliminarExcelente poema, minha querida amiga Emília, os meus aplausos para o teu talento poético.
Boa semana.
Beijinhos.
Belo e triste, Emília... e dolorosamente verdadeiro! A velhice, que deveria ser cheia de paz e dignidade, muitas vezes se assemelha a um crime, neste países do Ocidente! :( Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarBoa tarde Emília
ResponderEliminarUm poema triste, porque é uma realidade.
A imagem é chocante, mas é real.
A velhice não devia ser assim, em nenhum lugar do mundo.
Boa semana.
Um beijo
:)
Um poema de realidade e triste, a velhice neste estado é muito desolador.
ResponderEliminarBOM DIA. BJSS
Olá, querida Ailime, tão sofrido, tão real esse poema!
ResponderEliminarEssas mãos dá uma dor no coração...assim são muitos idosos, vida triste, abandonados, infelizes... e assim suas vidas continuam até o último suspiro de agonia.
que coisa triste, vejo muito por aqui, abandonados pelas calçadas...os conhecidos moradores de rua.
Beijinho, amiga!
Tristes realidades, amiga Emília.
ResponderEliminarMuito bem o descreveu.
Beijinhos e bom fim-de-semana!
Olá Ailime
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.
Forte, reflexivo e realista! Em cada verso repenso e, imagino o quadro com orações.
ResponderEliminarA vida com os seus mistérios, belezas e a presença soberana do Criador!
Bjs