sábado, junho 15, 2024

Quando passo à tua rua


José Malhoa


Quando passo à tua rua

escuto sempre a voz do rio

que, nas suas margens azuis,

me fala de ti,

como se ainda permanecesses

sentado na soleira da porta

a desenhar arabescos

no teu livro sem páginas.

Um rio e um livro

que me falam de lembranças

como se o hoje fosse ontem

e o ontem fosse hoje.

Na ausência de palavras

ficam nas entrelinhas

os registos dos afetos

nos resquícios das memórias.

Texto
Emília Simões
15.06.2024

15 comentários:

  1. Bello y melancólico poema. Te mando un beso.

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  2. As memórias são o nosso caderno de apontamentos.
    Um abraço.

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  3. Bom domingo de Paz, querida amiga Ailime!
    Lindíssimo!
    "Na ausência de palavras
    ficam nas entrelinhas
    os registos dos afetos"
    Que verdade!
    Os registros dos afetos jamais nos abandonam.
    Tenha a nova semana abençoada!
    Beijinhos

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  4. As memórias escondidas em qualquer lugar...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Quantas recordações guardamos de uma casa, uma ruam qualquer lugar. Lindo demais, Ailime! Bom revisitar ,aindsa que em memória... Ótimo domingo! beijos, chica

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  6. Belo poema que muito gostei de ler
    .
    Domingo feliz
    .

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  7. Sérgio6/16/2024

    Nunca esquecer quem nos deu afetos. Nunca esquecer de os dar também. Essas memórias eternizam quem, já não estando entre nós, continua vivo através de nós. O tempo é como o rio, corre sem parar. Que novos afetos surjam nas suas margens, e que os rabisques nestes poemas tão bonitos! Beijinhos

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  8. Olá amiga Ailime
    As boas recordações nunca se apagam em nós. Ficam como tatuagens no nossos coração.
    Lindo poema que muito gostei.

    Deixo os votos de uma excelente semana, com tudo de bom.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  9. Memórias. O melhor é guardá-las no coração para que se transformem na voz do rio e se não percam nunca. Tão belo, minha Amiga Ailime.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  10. Um rio pode sempre trazer boas lembranças.
    Maravilhoso poema, gostei imenso.
    Boa semana minha amiga Emília.
    Beijinhos.

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  11. Lindo, Emília! É bem assim que ficam os afetos inesquecíveis: registros sagrados, em nossa memória! Meu abraço, boa semana.

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  12. Boa tarde Emília
    Um poema delicado e cheio de memórias.
    A imagem ficou muito bem acompanhada.
    Bom trabalho poético.
    Boa semana com saúde e harmonia.
    Um beijo
    :)

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  13. Do meu terraço vejo o pôr do sol e leio teu lindo poema, Emília-Ailime. Lembranças e encantos de um tempo importante e marcante. "A voz do rio", falou-me ao coração. O que é bom devemos guardar bem guardado!
    Beijinhos. Boa noite.

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  14. Que lindo, Ailime, os afetos nunca se vão,
    escolhem um cantinho do coração e ali fazem
    sua morada para sempre. E como isso nos faz bem!
    Tem de haver um equilíbrio na vida, caso contrário as coisas ficam pesadas demais.
    Adorei, querida Ailime,
    um feliz fim de semana, com muita paz.
    Beijos.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.