Conhecia de perto todos os mistérios do rio.
De pedra em pedra percorria-lhe as margens
e desvendava o sabor das auroras quando as neblinas
o afagavam ainda antes do refulgir do sol.
E estendia-lhe as redes.
Era um rio límpido, sem mácula, azul de tanto céu,
que brilhava no silêncio da lezíria
como se fora outro lugar onde o trigo ondeava.
Nada era tão puro como a transparência dos barcos,
onde saltitavam os pássaros para captar as presas
que quase afundavam o barco.
A faina era tão leve e a colheita tão farta...
.........
Hoje, apenas um velho barco carcomido,
na solidão do lodo.
Ailime
30.07.2022
Imagem Google
Foto intrigante, fascinante e poema deslumbrante
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Lindo e triste poema...Assim é a vida, até com o barco e o rio! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarAs alterações climáticas sejam os rios e os barcos morrem no lodo.
ResponderEliminarUma realidade transformada em poesia.
Abraço, saúde e bom domingo
Um lindo e triste canto á faina dos bravos do mar.
ResponderEliminarLindeza de sentimento em poesia Ailime.
O barco carcomido e as lembranças de tantas aventuras e desventuras, que fizeram historias.
Beijo e bom domingo amiga.
A solidão pode ser assustadora.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Olá, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarPor aqui fico contemplado barcos assim mesmo, significam muito e propiciam muitas reflexões como a que fez tão lindamente.
A solidão do lodo é terrível para o que foi feito para navegar...
Tenha uma nova semana abençoada, amiga!
Beijinhos 💐
Primeiro, este poema está ao nível de um Ernest Hemingway. A descrição da natureza e os sentimentos da sua perda. Muito talento literário! Resta o consolo de que a natureza consegue regenerar-se, se o Homem deixar. Muitos beijos e obrigado por mais esta chamada de atenção através de poesia.
ResponderEliminarum poema muito bonito. é destino dos brcoas. apodrecerem nas margens dos rios
ResponderEliminarbeijo
Tudo morre, também os barcos.
ResponderEliminarUm poema sublime, gostei muito.
Boa semana, amiga Ailime.
Um beijo.
Um canto muito profundo, forte e realista.
ResponderEliminarReflet, reli e de cá a parabenizo, Ailime.
Com grande abraço...
Triste, sim, Ailime. Mas quanto encanto, amiga, existe nas lembranças felizes! Belo post! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarDe forma poética você traduziu uma realidade que assusta. E colocou a alma em seus lindos versos. Bjs.
ResponderEliminarLembrança de um tempo feliz num poema belíssimo.
ResponderEliminarE no fim a abordagem de uma triste realidade.
Tão bem que escreve, cara Ailime!
Beijo
Olinda
Triste, mas belo poema, amiga Ailime.
ResponderEliminarA vida é mesmo assim...
Continuação de ótima semana.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Um poema triste e belo como o olhar...bj
ResponderEliminarmuito real.
ResponderEliminartriste, mas é o que acontece actualmente e os barcos morrem abandonados na margem.
gostei da lucidez do poema.
a foto está fantástica.
boa semana.
beijinhos
:)
Olá, amiga Ailime, gostei muito do poema, que mostra o rio com seus mistérios, como mostra também o talento da poeta nesse sensível poema.
ResponderEliminarAplausos, uma ótima quinta feira,
um beijo.
Olá Ailime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com